quinta-feira, outubro 20, 2016

Oposição ou apenas "do contra"?



PT, PC do B, Rede e PSOL dão o tom da ala opositora ao governo Temer, no Congresso. E do lado de fora, quem ecoa a posição da oposição é a militância desses partidos, que integra os chamados "movimentos sociais" e "estudantis". É com esses grupos que a esquerda brasileira conta para realizar seus protestos, "ocupações" e movimentos "do contra". A ordem, agora que o governo não está nas mãos de nenhuma das legendas citadas, é ser contra tudo, tudo mesmo. Qualquer coisa que venha da sala do presidente "golpista" deve ser vetado pelos parlamentares e pelos manifestantes que estão à serviço desses políticos. Então, desde que Michel Temer sentou na cadeira presidencial, já tivemos:

- Ocupa MinC - contra a fusão dos Ministérios da Educação e Cultura, no intuito de enxugar oorçamento.
- Não à PEC 241 - Medida que cria um teto de gastos, por um período de 20 anos, inicialmente, para os governadores, impedindo abusos orçamentários irresponsáveis.
- Não à Reforma Educacional do Ensino Médio - proposta que visa melhorar a Educação, com medidas semelhantes às já adotadas em países com referência "top" no setor.
- Não à provação da liberação de 1,1 bilhão à Educação (???) - dispensa maiores explicações.
- Não à aprovação de R$ 702,5 milhões em crédito para o Fies (???) - sem comentários

Desses movimentos, com qual você se identifica? Se você disse com os 3 primeiros, e me der argumentos plausíveis, vou entender. Mas se na sua lista estão os 2 últimos, só me resta perguntar: você tem algum problema pessoal contra o Brasil? Oposição não significa ser contrário a qualquer coisa, irracional e irresponsavelmente, só para prejudicar o governo que não se alinha com sua ideologia partidária. Uma oposição inteligente ao menos avalia os prós e contras, pesa na balança e se posiciona, sempre pensando no melhor para o país. Afinal, é para isso que a população escolhe representantes para estar no Congresso votando por ela. Não escolhemos ninguém para defender seu partido, mas para defender nossos interesses.
Talvez seja o momento dos jovens começarem a pensar por si mesmos. Militem, mas a favor de si mesmos. Dizer que é rebelde, irreverente e subversivo, mas dizer "amém" a todas as determinações dos partidos sem sequer questionar, é o maio "mico". Vai por mim.

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