quarta-feira, outubro 10, 2018

Imprensa ignora intolerâncias cometidas por petistas e tenta colocar na conta de presidenciável atos de "bolsonaristas"

Acabei de ler no jornal O Globo, a seguinte declaração de Bolsonaro:
"Agora um cara com uma camisa minha comete lá um excesso, o que eu tenho com isso?".
O presidenciável fez referência aos atos de violência que estão sendo cometidos por apoiadores de sua candidatura.
De fato, o candidato não tem como responder pelas atitudes de seus eleitores. E não há como usar esses casos como referência para traçar um "perfil" do eleitor de Bolsonaro, porque são casos pontuais, isolados e individuais. São milhões de apoiadores, são milhões de personalidades e, lógico, que entre esses milhões, existem os mais violentos.
No entanto, gostaria de saber quando esses mesmos jornais vão trazer à tona os casos de intolerância, ódio e violência (tão comuns por parte da esquerda), praticadas contra eleitores de Bolsonaro.
Eu, por exemplo, fui hostilizada na saída da minha sessão, em São Paulo, por estar usando a blusa do Brasil. Um homem, que aguardava votar, disse alto, para me provocar: "E esses 'merda' ainda vem votar no 'Bozo'". Não respondi, ignorei, porque não sei que tipo de atitude pode ter uma pessoa que faz um comentário como esse.
Mulheres defendendo Haddad, com camisetas de "Lula livre", aos gritos, chutaram e quase mataram o cachorro de uma mulher em SP, apenas porque ela estava passeando com ele próximo a elas, vestindo camisa verde e amarela, também. Será que não poderemos mais usar blusa com as cores do nosso país?
Abaixo, segue o vídeo de uma passageira petista, que ficou indignada porque os passageiros estavam cantando música pró-Bolsonaro. Chamou a comissária de bordo e exigiu que ela proibisse a manifestação. A funcionária se negou, houve bate boca e a passageira agrediu a comissária. Resultado: avião não decolou e a polícia foi acionada.
No show de uma subcelebridade (foto abaixo), uma modelo que trajava blusa de Bolsonaro na plateia, foi "convidada" a se retirar porque a cantora que prega "tolerância" não tolerou a presença de uma eleitora de um candidato que ela nem conhece , mas nutre ódio mortal, baseada no que a imprensa publica.
De todos os casos de intolerância aqui citados, promovidos por petistas, apenas um (o da subcelebridade) foi noticiado em alguns sites. E cabe aqui a mesma justificativa que usei para defender Bolsonaro: o candidato não tem como fiscalizar cada um de seus eleitores, mas a imprensa tem como parar de incitar o confronto e a polarização, atiçando os lados com matérias nitidamente partidárias e provocativas. Fica o alerta, porque já tivemos ocorrências sérias e até de morte por causa de política. 
Essas ações violentas não são exclusividade da direita ou da esquerda. São exclusividade de pessoas com propensão à violência, independente do que defenda. Vamos preservar o bom senso e a humanidade, galera. Pelo amor de Deus! Não caiam na "pilha" da imprensa, tudo o que eles querem são notícias, e, de preferência, para "queimar o filme" de Bolsonaro.



terça-feira, setembro 25, 2018

Sites agem de má fé e induzem leitor a entender que assalto à psolista anti-Bolsonaro foi ato de intolerância

Em época de eleição sabemos que entre políticos "vale tudo" na corrida pelo mandato. Mas a imprensa deveria ser a voz dos fatos, com isenção e lisura, no meio desta guerra pelo voto.
No entanto, não é o que temos visto. Hoje, os sites de notícia, investiram mais um ataque contra o alvo da vez: Bolsonaro. Vimos, com tristeza, mais uma manipulação midiática.
Maria Tuca Santiago, filiada ao PSOL, e administradora de um ato contra Bolsonaro, foi assaltada, hoje, na Ilha do Governador. Ao ser roubada, levaram seu celular. Ocorrência mais que corriqueira no Rio de Janeiro. No entanto, o fato comum virou notícia, e a reportagem que deveria constar apenas um assalto, como tantos outros, deixou no ar o sugestionamento de que o que aconteceu foi um ato de intolerância praticada por eleitores do candidato do PSL.
As manchetes dos sites traziam a seguinte informação: "Administradora de ato contra Bolsonaro é agredida por 2 homens armados". A ocorrência nada tem a ver com uma ação política, como o título sugere, mas eles fizeram questão de juntar elementos (que não deixam de ser verdadeiros) que induzem o leitor a ter um falso entendimento.
Eles sabem que a maioria dos leitores de redes sociais só lê a manchete, não clica no link para ler a matéria. E é justamente este leitor que eles miram ao formular uma manchete de má fé como esta. Chamo isso de anti-jornalismo, de anti-profissionalismo, de antiético... Aliás, é anti qualquer coisa que aprendi na faculdade de Jornalismno.
Mais um caso da série: "Como a imprensa manipuladora atua".

Abaixo, usuário de Twitter percebe a manipulação da informação e denuncia:

A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas sorrindo, texto

Jornalista da Folha ignora lei e desmentido de "ex" e publica "furo" de 2011 contra Bolsonaro

A Folha de São Paulo acabou de publicar um "furo" de 2011, passado por uma fonte no Itamaraty (não sabia que o Itamaraty estava atuando no campo de fofocas), achada em um telegrama "sigiloso" arquivado (isso não é violação de privacidade?), onde diz que Ana Cristina, ex-mulher de Bolsonaro, mãe dos 3 filhos mais velhos que atuam com ele na política, teria sido "ameaçada de morte" pelo candidato do PSL e que, por conta disso, chegou a fugir do país.
Não sei se a história é verdade ou não, o fato é que, hoje, filhos e ex-mulher estão ao lado dele, o apoiando e se dão muito bem.
O pior é que falaram com a "ex" via WhatsApp, ela não confirmou o ocorrido, assim como o Itamaraty, quando ficou sabendo do vazamento da informação, não autorizou a publicação, mas, ainda assim, o jornalista da Folha trouxe o caso à baila como verdade.
De qualquer forma, se um dia houve este trelelê entre marido e mulher, parece que a rusga ficou enterrada lá nas pastas do Itamaraty.
O que mais vão desenterrar do passado de Bolsonaro?
Aqui na minha Time Line, quando publico alguma notícia antiga de Ciro ou Haddad, sempre vem logo um defensor avisar que "a notícia é velha" (tipo do mês passado ou do ano passado). O que dizer dessa, de 7 anos? Não é velha o suficiente? Para a "ex" dele e os filhos, parece que sim, e isto é o que importa.
Abaixo, segue o post de um usuário do Twitter, com a foto de Bolsonaro no hostpital, recebendo a visita da atual e da "ex", assim como trecho da matéria da Folha, que fi ocultada nas manchetes, que desmente tudo.



terça-feira, setembro 04, 2018

A polêmica sobre a "extinção" do MinC, o Ministério que não evitou a destruição do Museu


Tenho visto uma galera aí surtar com a declaração de que Bolsonaro "irá extinguir" o Ministério da Cultura. O mesmo papo que rolou quando Temer assumiu e que acabou desistindo por conta do auê causado perla esquerda, com o movimento denominado "Ocupa MinC".
Vamos aos fatos:
Nem Temer e nem Bolsonaro NUNCA afirmaram que acabariam com o Ministério da Cultura. O Minc, de acordo com proposta de ambos, continuará existindo, mas junto com a pasta do Ministério da Educação, como foi de 1953 a 1985, quando o então presidente José Sarney, através da assinatura de um decreto, desvinculou as pastas.
Até 1985 a sigla MEC significou (Ministério da Educação e Cultura). Apesar de desvinculados os ministérios, a sigla da pasta da Educação continuou com o "C", de Cultura, sei lá porquê, mas significando apenas Ministério da Educação.
Ou seja, ninguém quer "extinguir" nada, mas, sim, unir os 2 assuntos que se completam. Se isso será bom ou ruim, não sei, mas o fato é que até Sarney assumir, após a abertura política e fim do Regime Militar, tanto a Educação quanto a Cultura funcionavam em nosso país melhor do que funcionam hoje.
Senão, vejamos...
Hoje, temos um Ministério só para a Cultura, certo? Isso impediu o abandono do Museu Nacional e o incêndio que o destruiu? Mais verba foi enviada para este ou outros museus do país? Não. Pelo contrário! A verba foi reduzida abaixo do limite mínimo necessário e mais verba foi deixada de ser arrecadada para a pasta, com a redução do IR de empresas e cidadãos que investem em projetos "culturais" inúteis e que poderiam sobreviver sozinhos, sem a política de incentivo da Lei Rouanet.
E a Educação como anda? Os número apresentados esta semana sobre o Ensino Médio, por exemplo, mostram que não anda. Está "paraplégica" na Matemática e na Língua Portuguesa, pelo menos.
Parece, então, que alguma coisa não está certa nisso tudo. Ou erramos nas contas ou não interpretamos bem os fatos. Ops... Olha aí a Matemática e o Português fazendo falta novamente. Mas, falando sério, o que percebo é que desvincular as pastas de nada adiantou. Não houve melhoria nem em uma e nem em outra. Aconteceu justamente o inverso.
Aliás, voltando à galera "surtada" do início do texto, aquela mesma que participou ou apoiou o "Ocupa MinC" (e que provavelmente também é a mesma que abraçou os escombros do Museu Nacional, ontem), deixo uma pergunta: onde estavam todo esse tempo em que o Museu agonizava, pedindo por socorro? Não ouvi falar em nenhum "abraço para salvar o Museu" ou "Ocupa a Quinta". Falando nisso, ainda dá tempo de abraçar os outros 7 museus do Rio que estão funcionando sem certificação e correndo o mesmo risco que o nosso "falecido". Melhor abraçá-los enquanto ainda estão "vivos" (no CTI, mas respirando).

Há 7 museus no Rio funcionando sem certificação dos bombeiros


Sabem aquela expressão que diz "agora Inês é morta"? Pois então...
Não há praticamente nada que se possa fazer em relação à tragédia que ocorreu no Museu Nacional de História Natural, no Rio de Janeiro, a não ser tentar recuperar o prédio, que também é um patrimônio histórico, e, quem sabe, expôr, futuramente, fotos e material audiovisual das peças que um dia existiu neste lugar.
Por enquanto, o que se pode fazer, de fato, é prevenir que o mesmo aconteça com outros museus do Rio que estão na mesma situação que o "falecido" Museu Histórico Nacional.
Saibam...
Em matéria do jornal O Globo, de 21/01/2016 foi publicado o seguinte:
"O GLOBO percorreu os dez museus mais importantes do Rio para checar o sistema de segurança contra incêndio de cada um. Apenas três apresentaram o Certificado de Aprovação emitido (e exigido) pelo Corpo de Bombeiros, documento que prova que a entidade passou por todas as exigências da Defesa Civil e que tem sistema de segurança contra sinistro adequado..."
São eles: os recém-construídos Museu do Amanhã, Museu de Arte do Rio (MAR) e o Museu de Arte Moderna.
A matéria diz ainda...
"...Seguem funcionando sem certificado dos Bombeiros o Museu da República, o Museu Nacional de Belas Artes, o Museu Histórico Nacional, o Museu Villa-Lobos, o Museu da Chácara do Céu, o Museu do Açude e o antigo Museu da Imagem e do Som."
Ou seja: Os bombeiros vistoriaram esses museus e só 3 (TRÊS) foram certificados.
Será que vão deixar o mesmo acontecer esses museus que seguem funcionando sem certificação, com suas obras e peças entregues à própria sorte?

domingo, setembro 02, 2018

Tirando todas as dúvidas sobre o "kit gay"


Muito ouvi falar, essa semana toda, sobre a polêmica levantada por Bolsonaro com o livreto "Aparelho Sexual e Cia" e o famoso "kit gay". Afinal, o "kit gay" existiu mesmo? E o tal livro fazia parte deste kit? O kit chegou a ser distribuído? Essas e outras perguntas que me fizeram nas redes sociais respondo abaixo,após longa pesqusia. Todas as respostas estão acompanhadas de fontes, caso queiram checar a veracidade das informações.

1) Aconteceu mesmo um seminário LGBT no Congresso, com enfoque ao público infantil?
Sim. Aconteceu nos dias 15 e 16 de maio de 2012, no Plenário 9 da Câmara dos Deputados, o 9º Seminário LGBT (era a nona edição, mas a primeira acontecendo no Congresso) cujo tema daquele ano seria: "Infância e Sexualidade", conforme mostram os links abaixo.
Fontes: Câmara dos Deputados e Blog do deputado Jean Wyllys

2) E existiu mesmo um "kit gay"?
Sim, mas não com este nome. Este foi o nome dado pela bancada conservadora da Câmara e que se popularizou devido à ampla repercussão na mídia. Na proposta do MEC o kit se chamava "Escola Sem Homofobia" e a ideia era distribuí-lo nas escolas públicas. No kit continha:

a) O Caderno Escola sem Homofobia, destinado a profissionais da área educacional;

b) Os Boleshs (Boletins Escola sem Homofobia), com 6 bolletins que seriam distribuídos aos estudantes. Cada número trabalharia um tema importante na área dos direitos da população LGBT (o que é ser mulher e o que é ser homem; orientação sexual; diversidade sexual; homofobia; direitos; relações familiares).
O material não possui classificação indicativa. Diz apenas que é “essencial para a formação do espírito crítico em adolescentes e jovens estudantes”.

c) Material audiovisual com os seguintes títulos, abordagens e classificação indicativa:
- "Boneca na Mochila": baseado em história verídica, mostra um motorista de táxi que conduz uma mulher aflita chamada a comparecer à escola onde seu filho estuda, apenas porque o flagraram com uma boneca na mochila. Classificação indicativa: não recomendado para menores de dez anos.
- "Torpedo": material audiovisual com 3 histórias. A primeira, que dá título ao vídeo, trata-se de uma animação com fotos, que apresenta questões sobre a lesbianidade através da história do início do namoro entre duas garotas que estudam na mesma escola: Ana Paula e Vanessa.
A segunda, é "Encontrando Bianca" que, por meio de uma narrativa ficcional em primeira pessoa, num tom confessional e sem autocomiseração, como num diário íntimo, José Ricardo/Bianca revela a descoberta e a busca de sua identidade de travesti.
A terceita chama-se "Probabilidade" e trata da descoberta da bissexualidade de um garoto adolescente.
A classificação deste material contendo as 3 histórias é: LIVRE.

Fontes: G1 - 21/01/2016 e ONG Ação Educativa

3) O tal livreto "Aparelho Sexual e Cia" estava ou não no chamado "kit gay"?
Não. O tal livreto fazia parte de outra proposta, dentro do mesmo seminário, que envolvia o MinC e não o MEC.

Fontes: G1 - 21/01/2016

4) Então o que seria feito com o livreto?
O livreto que Bolsonaro mostrou, fazia parte da proposta LGBT que envolvia o MinC (Ministério da Cultura), e seria distribuído nas bibliotecas públicas.
Fonte: G1

5) Mas eu soube que só foram comprados 28 exemplares deste livreto. É verdade?
Sim. Foram comprados 28 exemplares em 2011, antes do seminário acontecer, imagino que para servir de material de apresentação no evento (parece que Bolsonaro conseguiu pegar um pra ele). Como a ideia era distribuir às bibliotecas, subentende-se que a pasta iria adquirir mais exemplares. No entanto, como a proposta foi barrada, só ficaram nesses 28 mesmo.

(Mesma fonte do item 3)

6) Mas como há relatos de distribuição do livreto em escolas públicas no interior de São Paulo, MG e até RJ?
Na verdade, as denúncias da distribuição de alguns kits, cartilhas LGBT (não só nesses estados, mas também no Norte e Nordeste) e até livretos similares (com conteúdo sexual mais explícito, inclusive) ao que Bolsonaro mostrou, se deram por outros motivos que já, já explico. O caso é que o livreto mostrado no JN não foi enviado às escolas. No entanto (e isto não sei explicar, já que o MinC afirma que só comprou 28 exemplares), vários livretos foram encontrados em bibliotecas públicas infanti (conforme mostra foto abaixo com carimbo da Biblioteca Infantil Municipal Monteiro Lobato, de Araraquara - SP). Pode ser que essas bibliotecas tenham comprado por conta própria ou recebido doação. (Não sei dizer).

Os demais materiais encontrados em escolas foram distribuídos à revelia do MEC e da Secretaria de Educação de suas respectivas cidades. Como chegaram lá? Encontrei algumas matérias que respondem:
- Uma parte foi desviado do material educativo da pasta da Saúde, com conteúdo de combate à homofobia, a 13 estados das regiões Norte e Nordeste. Foi aberto, em 2013, um processo administrativo pelo então ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para identificar os responsáveis pelo envio de um material educativo, elaboradas em 2010, como parte do programa de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST) e Aids e, que foi remetido às Secretarias de Saúde nos estados. Mas não sei como ficou o caso, já que não achei mais nada referente a este assunto.
 (Fonte: O Globo - 07/03/2013)

- Outra parte, pode ter sido desviado do próprio kit do MEC, que foi vetado, mas que, ainda assim foi adquirido indevidamente pela pasta, dando um prejuízo de R$ 800 mil aos cofres públicos. O TCU (Tribunal de Contas da União) cobrou explicações do MEC (Ministério da Educação), já que o valor foi gasto com a produção do material antes que a presidente sancionasse o programa. O MEC (cujo ministro na época era Fernando Haddad) chegou a afirmar que o material estava guardado e poderia ser usado pelo ministério, mas a explicação não convenceu o tribunal.
(Fonte: Jornal Folha de São Paulo)

- E ainda existe a possibilidade das próprias escolas, de forma independente, em parceria com grupos LGBTs terem adquirido material similar e distribuído sem autorização de ninguém, nem do MEC, nem das Secretarias e nem dos pais. (suposição minha).

7) E, afinal, o livreto que Bolsonaro mostrou, era direcionado ao público infantil, na faixa de 6 anos de idade?

Segundo a editora, Companhia das letras, a indicação do livro, quando em catálogo, era para “o 6º, 7º, 8º e 9º anos do Ensino Fundamental, ou seja, para alunos de 11 a 15 anos".
Fonte: Estadão

Resumindo: O livreto estava na proposta do MinC, e não do MEC, e seria destinado a bibliotecas. Já o "kit gay" do MEC seria destinado a escolas, e o material, segundo o documento da própria proposta, seria destinado a um público variado, com classificação diversa, com um deles estando classificado como "Livre".

Ficou alguma dúvida? Caso sim, diga no comentário que vamos tentar achar a resposta.

terça-feira, agosto 28, 2018

O ALTO CUSTO DA ATUAL EDUCAÇÃO X MILITARIZAÇÃO DAS ESCOLAS


Tenho visto a esquerda estribuchar sobre a questão da militarização das escolas, proposta por Bolsonaro.
"Vai custar muito caro"
"Vão 'robotizar' nossos jovens"
"As federais custam menos e apresentam os mesmos resultados"
Dizem eles.
Mas alguém aí viu algum candidato propôr a "federalização" das escolas públicas ou algo parecido? Sim, Bolsonaro. Surpreso? Você sabia que em nenhum momento o candidato prometeu "militarizar todas as escolas públicas"? Que isso é um entendimento da mídia (talvez para assustar os "militarfóbicos")? Estive lendo a proposta do candidato. Abri o PDF e li. O capítulo que trata da Educação sugere, pelo que entendi, a federalização das mesmas. Ele quer que haja uma integração das escolas públicas municipais, estaduais e federais, todas sob o comando de um general, que ficaria à frente do MEC (o que pode ser entendido como uma 'militarização'). Ele quer padronizar tudo. 
Sobre a militarização, a ideia dele é colocar parte das147 mil unidades públicas de ensino básico sob a tutela do Exército e da Polícia Militar Estadual. Ele reconhece que “faltariam recursos” para inserir o modelo em 100% das escolas públicas brasileiras.
Mas vamos falar sobre verba para a Educação, em um país que destina recursos para pagar plano de saúde de político, escolas particulares de filhos de juízes, entre outros?
O que significa "custar caro"? Nossos jovens não merecem este investimento? Acho que o que tem custado caro é o resultado de anos de abandono da Educação por nossos governantes. A sociedade tem pago um alto preço por este desleixo com o ensino público, principalmente o de base. Resultado: presídios superlotados, aumento da violência, mercado de trabalho sem pessoal qualificado, gente precisando de cota para entrar numa universidade, pois, por mérito, não conseguem, já que não há como competir em nível de igualdade com aqueles que vêm de colégios privados caríssimos e bem preparados.
A Educação é sempre colocada em último plano. As propostas são sempre as mesmas, do tipo "só para constar" ou na base do "embromation".
Chegando no poder, esses mesmos governantes, ao primeiro sinal de problemas econômicos e diante da necessidade de corte no orçamento, quem está no topo da lista para ser amputado, mais uma vez? A Educação.
Mas "não se pode gastar muito com a Educação", é o que parecem defender pessoas ditas "esclarecidas". tsc, tsc, tsc... Lamentável que pensem assim.
Sobre "robotizar alunos" com a militarização das escolas, só posso dizer que, além de ser uma visão preconceituosa e equivocada, não considera que já vivemos essa "robotização" atualmente, em toda a rede pública, através da "militância" dos mesmos. O que tenho visto, cada vez mais, é a adoção da técnica esquerdista Gramsciana, de doutrinar estudantes em sala de aula, através de professores que já foram preparados nas universidades para tal "recrutamento".
Seria essa uma "viagem" do tipo "darcioliana"? Não, meus queridos! Realidade pura. Basta ver a impregnação ideológica nos programas curriculares das escolas e universidades. A ideia parece ser dividir a sociedade em categorias (gays, negros, pobres, mulheres...). Divididos, fica mais fácil manipulá-los, sob o pretexto de estar "defendendo suas causas".
Então, não deve-se falar sobre ideologia de gênero, empoderamento da mulher, , racismo, revolução social...? Veja bem, TUDO deve ser falado dentro de uma escola. Politizar nossos jovens é preciso. dar-lhes informações variadas sobre o que acontece na sociedade e no mundo, também. No entanto, nem TUDO vem sendo dito em sala de aula. Oculta-se muita coisa, principalmente se esta "coisa" vai contra o pensamento da esquerda. Mostra-se apenas um lado, sem mostrar o outro, ou o TODO.
Isso não é criar senso crítico, heterogêneo, mas, sim, criar uma homogeneidade de pensamento. Se todos pensam igual, não temos pluralidade e nem respeito à diversidade, mas uma monopolização do pensar. Isso, sim, é "robotizar" os alunos. E isso já acontece. E sem resultados positivos. O que vemos nas escolas é desordem, caos, indisciplina, despreparo, violência, evasão... Tudo o que não queremos. E tudo o que a esquerda precisa para ter mais domínio sobre os menos favorecidos. É a equação deles, onde há menos Educação, mais ideologia esquerdista, divide tudo e multiplica a militância.
O negócio dessa galera é aparelhar o Estado, através da infiltração de um partido ou classe social devidamente doutrinada em todos os órgãos, com o intuito de controle total, à serviço de sua ideologia ou conveniências.
Isto não é teoria da conspiração, é  estratégia esquerdista simples e clara, encontrada em qualquer livro sobre o tema ou nos estatutos de alguns partidos de esquerda.
Então, antes de criticar a proposta de militarizar as escolas, veja bem o que temos hoje e o que tem sido feito na Educação Pública pelos mesmos que ridicularizam tal projeto.

Em tempo: Antonio Gramsci foi um dos fundadores do Partido Comunista Italiano, em 1921. Cadernos do Cárcere é sua obra-prima, escrita durante sua prisão na Itália, de 1926 a 1935. “Esta publicação, difundida em vários continentes, passou a ser o catecismo das esquerdas, que viram nela uma forma muito mais potente de realizar o velho sonho de implantar o totalitarismo, sem que fosse necessário o derramamento de sangue, como ocorreu na Rússia, na China, em Cuba, no Leste Europeu, na Coreia do Norte, no Camboja e no Vietnã do Norte. (…) Gramsci professava que a implantação do comunismo não deve se dar pela força, como aconteceu na Rússia, mas de forma pacífica e sorrateira, infiltrando, lenta e gradualmente, a ideia revolucionária. (…) A originalidade da tese de Gramsci reside na substituição da noção de ‘ditadura do proletariado’ por ‘hegemonia do proletariado’ e ‘ocupação de espaços’, cuja classe, por sua vez, deveria ser, ao mesmo tempo, dirigente e dominante. Defendia que toda tomada de poder só pode ser feita com alianças e que o trabalho da classe revolucionária deve ser, primeiramente, político e intelectual” (Anatoli Oliynik, in “A Tomada do Poder – Gramsci e a Comunização do Brasil”– http://blog.anatolli.com.br/2009/10/12/gramsci-e-a-comunizacao-do-brasil-2/, acesso em 9/6/2011).

Confira:
Proposta de governo de Bolsonaro


sexta-feira, agosto 24, 2018

Com dívida de quase R$ 1 bilhão com BR, Venezuelas ameaça cortar energia de RR por falta de pagamento


O estado de Roraima é o único do país que não é ligado ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e que depende do abastecimento da Venezuela. A solução seria a construção do Linhão de Tucuruí, mas obras não foram autorizadas pelos índios Waimiri-Atroari.
Para o corte, o governo venezuelano alega uma dívida de 30 milhões de dólares do estado à Corpelec, estatal que fornece energia.
O que o Nicolas Maduro parece ter esquecido, é que, em março deste ano, a Venezuela deu calote no Brasil, de um empréstimo que fez ao BNDES via governo Lula, de quase R$ 1 bilhão, e que a União teve que assumir este pagamento.
E aí? Como se resolve este impasse financeiro?
O povo de Roraima está numa situação muito crítica com esse nosso vizinho. Sofrendo todas as consequências das ações do ditador e das "generosidades" que o governo PT fez a ele. E ainda vem recebendo críticas da ONU, do pessoal dos Direitos Humanos e do escambau.
Temos que apoiar nossa gente! São brasileiros que  estão acuados e ameaçados pelos desmandos do presidente de um outro país.

terça-feira, agosto 21, 2018

Se o PT se mantiver em alta nas pesquisas, vou de Bolsonaro. Será meu voto de defesa!


Me perdoem os amigos que contavam com meu voto no Amoêdo (eu realmente estava considerando esta possibilidade), mas essas pesquisas, caso se somem ao deferimento da candidatura de Lula, vão me empurrar para o voto estratégico, para tirar de vez as chances do PRESOdenciável.
Se é pra decidir entre um corrupto, ficha suja, preso e bronco de esquerda e um ficha limpa e bronco de direita, vou no segundo, não tenham dúvidas. Bronco por bronco, fico com o bronco honesto (sim, vou relevar o caso da Wal do Açaí).
"Ainnn, mas ele é racista, homofóbico, xenofófico, misógino..." Exagero da mídia! Ele é um ignorantão no quesito "politicamente correto", que faz uns comentários que lembram minha mãe falando, que não tem aquele filtro que deveria estar entre o cérebro e a boca, que fala sem demagogia, sem hipocrisia, sem a costumeira lábia de político e que foi contra o kit gay para crianças em escolas, o que lhe custou a pecha de "homofóbico". No mais, não vi nenhum crime de preconceito real cometido por Bolsonaro. Nada que tenha culminado em condenação ou prisão.
"Ainnn, mas ele é militar, vai instalar a ditadura no país." Meu avô era militar, meu pai é militar reformado, tenho tios, amigos e filhos de amigos que são militares e tenho orgulho de todos eles. Qual o problema? E, mais uma vez, faço o paralelo: se fosse para optar entre uma ditadura petista e uma ditadura militar, que militarizem essa joça. Pagaria o preço.
Mas, na real? Não acredito mesmo que Bolsonaro pretenda fazer isso. O que existe é uma suposição, uma dúvida sobre uma possibilidade muuuito remota. Diferente do que já vejo o PT fazer, mesmo não estando no poder. E isto não é dúvida ou suposição, é constatação. O PT é um partido que mente, que força uma barra para que suas vontades prevaleçam, que utiliza estratégias e recursos escusos e pouco ortodoxos para chegarem onde querem, que faz aliança com aqueles a quem chamou de "golpista" e se orgulha de seus presos corruptos.
"Ainnnn, mas ele é um despreparado, burro, que não entende de economia". Veja bem, mais burro e despreparado do que Lula ou Dilma não conheço. E, mesmo roubando o Brasil como roubou, o barbudo soube colocar pessoas competentes nos lugares certos para manter a estabilidade econômica deixada por FHC, durante sua gestão. Aí veio Dilma e ferrou tudo. Se Bolsonaro montar uma equipe bem preparada e tiver pulso firme para comandá-la, tá tudo certo. E mais: como alguém despreparado consegue chegar ao oficialato do Exército? Ao menos comandar ele sabe.
Também não estou preocupada que ele esteja na política há anos sem emplacar muita coisa ou ainda fazendo parte do baixo clero. Não estar inserido na turma da cúpula, pra mim, é algo positivo, em se tratando do nosso Congresso. E sabemos  bem que para alguma emenda ou projeto passar ali, é preciso ter apoio. Coisa que ele nunca teve dentro da Casa, por não participar dos "esquemões" (vide áudios das conversas entre Jucá e Renan e delações de envolvidos na Lava Jato).
É isso! Se Lula se confirmar como candidato ou Haddad mantiver esses resultados nas intenções de voto, vou naquele que têm real possibilidade de evitar que o PT retorne ao poder. Não vou jogar meu voto fora no escuro, sem saber onde vai cair, e deixar a decisão do pleito nas mãos da esquerda. Vou "jogá-lo fora" de forma consciente, sabendo onde ele vai cair. Não vou arriscar. Estou realmente assustada com esses resultados, se forem reais.
Também considero a possibilidade de pesquisas forjadas, mas, na dúvida...

terça-feira, agosto 07, 2018

Sou contra o aborto, mas, pensando bem...

"Uma mulher que deseja abortar ... "porque o corpo é meu, e eu decido!", na boa? Aborta mesmo! Acho muito justo que este tipo de gente não procrie. Deixemos que a seleção natural determine as gerações futuras, vindas de quem tem respeito e amor pela vida do próximo"
Feto abortado com 12 semanas, ou 3 meses, conforme sugere a Lei do Aborto
Sou contra o aborto!
Não teria coragem de abortar um ser vivo gerado dentro de mim.
No entanto, sempre considerei justa a abertura da exceção para os 3 casos liberados pela Justiça: gravidez fruto de estupro, quando traz risco de morte para a mãe e em caso de feto com anencefalia.
Até um dia desses, não conseguia aceitar o aborto se não estivesse inserido em um desses 3 casos. Mas, hoje, penso diferente.
Uma mulher que deseja abortar por qualquer outro motivo que não os 3 citados acima, como, por exemplo "porque o corpo é meu, e eu decido!", na boa? Aborta mesmo! Acho muito justo que este tipo de gente não procrie. Deixemos que a seleção natural determine as gerações futuras, vindas de quem tem respeito e amor pela vida do próximo, principalmente se este "próximo" for sangue do seu sangue, seu FILHO!
Alguém que foi gerado sem ter pedido, que passou a existir sem ter sido consultado e que não tem a menor chance de defesa, dependendo totalmente da "boa vontade" de sua "hospedeira", não poderia ser condenado à "pena-de-morte" por razões fúteis.
Será mesmo que um aborto custa menos ao Estado do que uma vasectomia ou uma laqueadura? E as menininhas moderninhas, advindas da Lacrolândia, ainda não aprenderam nada sobre contraceptivos, sobre as formas mil de se evitar um filho, sem que seja matando? Não quer? Não tenha!
E o homem fica onde nesta história? A mulher é dona do seu corpo e do corpo concebido por ela e mais uma pessoa também? O pai não deveria ser consultado? Vai que ele deseje criar a criança sozinho, de forma independente? Não é uma possibilidade impossível.
Numa gravidez não há apenas uma pessoa, uma vontade envolvida e que deve ser respeitada e considerada. São 3 vidas nesta história: a da mãe, a do pai e a do bebê. Como o bebê não pode se expressar, a quem cabe decidir por ele se vive ou se morre?
Se o pai se abstém e se a mãe não quer. É melhor que este serzinho retorne para onde veio, onde deve ficar muito melhor do que nas mãos de alguém que não o deseja.
Sendo assim, sou a favor da legalização. Devolvam a Deus o presente, por favor!
Que o privilégio de ser mãe seja bem-vinda para aquelas que enxergam um filho como uma bênção, que o receberá com amor neste mundo e que irá criá-lo da melhor forma.

quinta-feira, agosto 02, 2018

Coordenador de ONG incentiva venezuelanos a invadirem propriedades particulares em RR



Cleyton Soares Abreu é o nome do coordenador e advogado da ONG dos Jesuítas, que vem ensinando e incentivando imigrantes venezuelanos a tomarem propriedades particulares em Roraima. A denúncia foi feita pela Folha de Boa Vista e está repercutindo nas redes sociais. O G1 chegou, inclusive a fazer matéria sobre o serviço realizado pala ONG junto aos imigrantes, mas nada falaram sobre este crime.
Um vídeo, publicado no Youtube mostra o brasileiro orientando os venezuelanos em Roraima sobre como agir em casos de invasões de propriedades privadas:
“Quando ele descobre que a propriedade está ocupada, ele a quer de volta, mas como ele pensou que poderia ter de volta? Chamando a polícia. Isso não pode acontecer. Se o proprietário quiser a propriedade de volta, ele terá que entrar na Justiça e conseguir um mandado.”, diz o sujeito.

terça-feira, junho 05, 2018

Falando em saudade...


(Da minha série de poemas...)

Saudade cada um sente de um jeito.
É alegria que soma, para quem segue em frente;
É tristeza que subtrai, para quem fica preso ao passado.
Saudade só é ruim pra quem não entende
Que passado não volta e que tempo não se prende.
Não dá pra dizer “vou ficar por aqui”.
Não dá pra fincar o pé numa página sem conhecer o seu fim
Não dá pra dar “pause” na vida antes do “the end”.
Se a vida segue e o tempo não pára, a jornada continua.
E, veja… há mais saudade pela frente.
Há tanta gente pra conhecer.
Tantos momentos aguardando o “play”...
Tantas páginas para serem lidas...,
E que, um dia, ficarão para trás.
Saudade não deveria impedir ninguém de caminhar
Porque quem tem saudade, tem memória, tem história...
E são dessas histórias que o caminho à frente se forma
Saudade é aquele sentimento nostálgico
São as boas lembranças vividas
São blocos sólidos formados.
Se você tem lembranças que te fazem chorar sorrindo,
Se você tem memórias que te fazem sorrir chorando,
Sinal de que não foi a toa que o Criador te deu vida.
E, olha… uma vida bem vivida,
Que deixará muita saudade a quem continuar na lida.

sexta-feira, maio 25, 2018

Greve dos caminhoneiros: "lockout" ou união de forças?

Imagem: Rodolfo Buhrer/Reuters

Estão acusando de "lockout" a greve dos caminhoneiros. E o que é "lockout"?
O lockout ocorre quando o empregador impede que os seus funcionários, total ou parcialmente, trabalhem, com o objetivo de obter benefícios para a empresa e não para o funcionário.
Considerando a pauta de reivindicações colocadas na mesa, pode até ser que tenha havido um acordo "meio a meio", entre empregador e patrões, mas não unilateral. Creios que os dois lados concordaram que era preciso se unir para que algo fosse feito em relação às condições absurdas que são impostas aos transportadores de cargas (altos impostos, combustível caro, pedágios mil, falta de segurança, estradas em estado caótico...) e seus respectivos fornecedores, que acabam pagando para trabalhar ou manter a firma funcionando.
Se for este o caso descrito aqui por mim, não entendo como "lockout", mas como "união de forças" por um bem comum, já que a população também será beneficiada. Não acredito que esta paralização tivesse ido tão longe se não houvesse uma concordância entre as partes.
Houve, inclusive a tentativa de sindicatos e movimentos de esquerda de se integrarem à greve, trazendo reivindicações extras, mas esta participação não foi aceita, para que o movimento não ganhasse ares políticos e partidários. Isto acabou fazendo com que sites de esquerda reforçassem o boato de "lockout", talvez como uma forma de retaliação à exclusão deles nos atos, tentando descredibilizar o protesto que não levantou bandeira de nenhuma legenda.
Ontem o governo federal anunciou que se reuniu com "lideranças" do movimento e que fechou um acordo provisório. Em contrapartida, representantes da categoria de diversas cidades que estiveram em Brasília para esta tal reunião, denunciaram, em vídeos postados nas redes sociais, que este acordo foi feito de portas fechadas, sem a participação deles, apenas com 9 associações, e que, por este motivo, a greve continuaria. Em quem acreditar? Qual a informação real?
O que vemos hoje é que a paralização se mantém e a imprensa não fala destes vídeos que circularam na internet. Se há "lockout" não sei, mas que há um "fake news" sendo repassado à população, seja por parte do governo, da imprensa ou das redes sociais, há.

segunda-feira, abril 30, 2018

SORRIA (OU CHORE) VOCÊ ESTÁ EM MADUREIRA

A imagem pode conter: atividades ao ar livre

Quando digo para alguns amigos de "fora" que moro em Madureira, eles não têm ideia do que seja este bairro. Alguns já me perguntaram se fica próximo à praia. A resposta é "não", apesar de alguns moradores discordarem. O raciocínio é simples: "Madureira é perto de Jacarepaguá, que é perto da Barra". Ou seja, na percepção otimista deles: "são 2 palitos pra dar um 'tchibum' ". Só que não! kkkkkkkk
No verão carioca a realidade é outra. Percebemos o quão longe o mar está e o quão próximo estamos de Bangu, o centro da "fornalha do Rio", lugar mais quente da cidade mais quente do Brasil. Lugar onde faz 42 graus com sensação térmica de 50. 😱
Madureira é a terra do samba... do pagode, do funk, do rock, do charme, do jongo, do gospel... e tudo tocando ao mesmo tempo, no último volume, em cada esquina, carro, bar...
Madureira é uma terra de muitos personagens que todo "madureirense" tem obrigação de, ao menos, ter ouvido falar, senão é considerado "poser". Falcon, Bin Laden, Bete Cachaça... além dos famosos nomes da Portela, Império Serrano ou Tradição.
Madureira tem 3 lados: o lado do Mercadão, Serrinha e Cajueiro; o lado do comércio que fervilha e o lado da galera que fica na dúvida se mora em Madureira, Osvaldo Cruz ou Campinho.
Quem é de Sampa ou já esteve lá, vai concordar comigo: o comércio de Madureira lembra a 25 de Março. Tem shopping, galerias, lojas e camelôs que aceitam cartão, com produtos pra todos os gostos e pra todos os bolsos. É lugar pra "bater perna" e perder a hora.
Madureira é um bairro onde o poeta Carlos Drummond de Andrade não encontraria "uma pedra no meio do caminho", mas, sim, um trem. E isso não é expressão de mineiro. Há realmente uma estação (a de Magno) no meio da principal via do bairro, a Av. Ministro Edgar Romero.
Madureira é o bairro do "ame ou deixe-o". Das trocas de tiros entre facções rivais ou entre traficantes e policiais, e dos eventos mil que pipocam por todo canto.
Madureira é o bairro do suburbano que não quer ser, daquele que bate no peito com orgulho e de quem jura que um dia ainda se muda pra Barra ou Recreio.
É lugar que transborda criatividade, cultura e muita falta de educação. Tem sambista compondo; idoso se exercitando e transeunte disputando a rua com os carros e o lixo. Porque os motoristas daqui gostam mesmo é de estacionar em cima das estreitas calçadas e o lixo, que deveria estar na lixeira, quase sempre está no chão ou jogados perto de algum poste, tipo despacho de macumba.Vai que é superstição? 🤔
Madureira tem um Parque que termina em Guadalupe, tem um baile Charme debaixo de um viaduto, tem as feijoadas da Portela e do Império, tem a piscina do SESC, os barzinhos da Patriarca, Carnaval na Intendente e tem um Mercadão que virou "quintal" da Globo quando quer ouvir opinião do povão.
Madureira tem abacaxi de Marataízes, 30 ovos por 10 reais, vassoureiro e paneleiro passando na porta de casa.
Madureira inspira samba enredo e vira refrão de música internacional até quando não é pra ser. Quem nunca ouviu "Sul de Madureira" (Smooth Operator) na voz da cantora Sade?
Madureira tem a diversidade no ar, tem gente de todo lugar e com mais gente querendo chegar. Pra isso, tem 2 estações de trem, 3 de BRT (um pra cada lado), uma muvucada de ônibus e van, a rapaziada dos moto-táxis e ainda aguarda o metrô passar. Sim, porque isso já é promessa de político faz tempo. Aliás, os políticos adoram Madureira... em época de eleição, claro!
E vou ficar por aqui, senão não termino hoje este texto, de tanto que há pra falar do mais suburbano dos bairros do Rio.

domingo, abril 22, 2018

Os novos "inconfidentes"


Ontem, comemorou-se o dia de Tiradentes, um "burguês" que influenciado pelas ideias iluministas, iniciou um movimento revolucionário contra a exploração da Coroa sobre a colônia portuguesa no Brasil, devido a cobrança abusiva de impostos, e um corrupto governo mineiro que gerara uma grave crise em Vila Rica.
Tiradentes, queria a "queda" da Coroa (recentemente pedimos a "queda de uma outra "coroa"), o fim do Brasil Colônia, a Independência do país. Por este motivo foi rotulado como "golpista", ou "traidor", e pagou com a vida.
Infelizmente o movimento que ele iniciou acabou se dissolvendo, mas seus ideais não. A tão sonhada independência do Brasil de Portugal aconteceu 30 anos depois. O caso é que nos livramos da Coria Portuguesa, mas caímos nas mãos de outros "colonizadores" internos.
Como disse o economista Roberto Campos:
“Continuamos a ser a colônia, um país não de cidadãos, mas de súditos, passivamente submetidos às ‘autoridades’ – a grande diferença, no fundo, é que antigamente a ‘autoridade’ era Lisboa. Hoje é Brasília”.
A luta pela independência continua e essa história pode ter um outro final. Hoje, apesar de sermos chamados de "golpistas", derrubamos um "rei" e uma "rainha". Tentam nos "enfocar" a todo momento, com manobras, criação de leis, compra de juízes, divulgação de factóides... Mas precisamos seguir firmes.
Olhemos para o alvo: a independência. E essa independência só acontecerá quando conseguirmos tornar a corrupção um crime temível, com punição severa e certa; e com a conscientização dos políticos de que eles devem seus mandatos ao povo.
Do povo viestes e para o povo governarás (ou legislarás).
Uma nova revolução iniciou em julho de 2013 e ela não tem data pra acabar.
O movimento de Tiradentes até hoje é conhecido como "Inconfidência" Mineira. "Inconfidência", para quem não sabe, significa "falta de fidelidade ou lealdade para com alguém, principalmente com o Estado ou com um representante de uma soberania".
Nosso movimento que tirou Dilma do poder, colocou Lula e mais outros políticos corruptos na prisão, tornou Aécio réu e mira em Temer, é chamados por alguns de "golpe". O caso é que, "inconfidente" (golpista, desleal, traidor) ou não, o ato herṕico de Tiradentes é reconhecido até hoje. Que a história reconheça os novos "Inconfidentes" futuramente, mesmo que no lugar de "inconfidente", leiamos "golpistas" em algum livro por aí.

#InconfidênciaBrasileira
#OGolpeAoGolpe

terça-feira, março 06, 2018

Quando o Brasil entenderá que não temos uma raça branca ou negra? Aceitem, somos uma "raça" de miscigenados, graças a Deus!

"Nós não somos um povo exclusivamente branco (e nem negro), e não devemos portanto admitir essa maldição da cor; pelo contrário, devemos fazer de tudo para esquecê-la."

(Trecho do livro de Joaquim Nabuco, "O Abolicionismo", de 1881, com um adendo meu, entre parênteses. O autor é considerado o patrono do abolicionismo, um dos grandes defensores da libertação dos escravos africanos e, posteriormente, dos direitos dos negros na sociedade)

Cento e trinta e sete anos depois, vejo grupos ideológicos fazerem o caminho inverso proposto por Joaquim Nabuco, enfatizando a questão da cor como fator separatista no país, com a promoção de movimentos supremacistas e distinção entre "raças" através de benefícios segregacionistas, esquecendo que não mais somos uma nação com raças únicas, separadas, mas uma nação miscigenada e com questões sociais de pobreza e precariedade de serviços públicos destinados a esta parcela desfavorecida da sociedade que acabam ficando em segundo plano nas chamadas "lutas de classes". Vejo lutarem pela questão do negro, do gay, da mulher, do artista nu... Mas e a questão do pobre como um todo - que é negro, branco, gay, hétero, artista ou não? Fica de lado, esquecida.
A prioridade, então, deveria ser a união de forças para a aquisição de um olhar diferenciado para os pobres, independente de cor (pois raça já não possuímos mais. Se há uma "raça" a defender é a brasileira: um misto de várias outras, símbolo da pluralidade).
Se há maioria negra entre os pobres, serão esses os mais beneficiados, então, nesta luta pela qualidade de serviços públicos prestados, principalmente nos setores de saúde e Eduacional. Que seja o desfavorecimento finananceiro o fator preponderante nesta defesa da classe pobre, e não a cor.
Separação de pessoas por cor, em pleno século XXI, deveria ser algo superado. Mas,infelizmente, nem o preconceito e nem a segregação (seja ele na direção que for) são problemáticas que Joaquim Nabuco veria superado, caso retornasse à vida.