sábado, novembro 03, 2012

O Sandy passou por lá


Antes de passar pelos EUA, o Furacão Sandy já havia feito uma parada no Haiti e Cuba, com o mesmo furor devastador. Só fiquei a par da notícia através das redes sociais. A mídia esqueceu de mencionar os dois países caribenhos. Por que será? Seria porque ambos já viraram arroz de festa no quesito tragédia? O fato é que Sandy só alcançou notoriedade no país do Tio Sam. Se queria fama mesmo, errou de cidade. Hollywood fica na Flórida, mais em baixo. É para lá que os furacões mais experientes vão. Da próxima vez, nem precisa fazer laboratório na vizinhança pobre, vai direto para o estrelato, para onde está direcionado os foco da mídia, as lentes dos fotógrafos!

Nota: É claro que não falo sério. Não desejo a ninguém um furacão. Tenho amigos nos EUA, nos estados de Illinois e Califórnia. Mas às vezes meu lado irônico, sarcástico e inconsequente fala mais alto. Ignorar o que ocorreu no Haiti e em Cuba foi imperdoável. Bola fora para a imprensa brasileira.  

Sem querer me meter, mas já me metendo....

Jornalista dispara sua metralhadora antolha e petista contra Lobão e Roger.

Vi esta semana um embate interessante entre uma jornalista, que se autointitula esquerdista, e os roqueiros Roger Moreira e Lobão, acusados pela mesma de "reacionários". Na verdade não sei nem se posso chamar aquilo de "embate" já que não houve um choque ideológico e sim um ataque unilateral que saiu do campo das ideias e partiu para o lado pessoal. Lobão, nas palavras da blogueira raivosa, seria um "reaça" e Roger um "mané". Ela faz uma análise própria da trajetória dos pensamentos político-social de ambos, tomando como base argumentos um tanto preconceituosos, como origem sócio-econômica, colégio em que estudaram e mensagens soltas postadas no Twitter pelos artistas, onde expressam suas opiniões quanto ao rumo do país governado pelo PT. As palavras da jornalista,que atualmente trabalha para a Carta Capital, são compreensíveis. Afinal, qual petista não age exatamente desta forma? Como que sob encanto, os petistas continuam acreditando existir uma esquerda no país que "luta por uma sociedade igualitária". Parecem ter parado no tempo e não terem participado dos acontecimentos dos últimos 12 anos. O texto a seguir, assinado por Toledo, trata-se de um comentário ao referido post de Cynara Menezes, a "Morena Socialista", e acho que ele diz tudo e um pouco mais do que eu gostaria de escrever aqui:

 "Cynara, permita-me um contraponto. Podemos também dizer que nem todo parasita e preguiçoso é esquerdista, mas todo esquerdista é um parasita preguiçoso. Se você tem dúvida se alguém é esquerdista, observe essas características: adoram bater no peito arvorando-se como salvadores da pátria e guardiões da probidade e da moralidade, denunciando os roubos, as negociatas feitas nas administrações públicas quando longe do poder; mas adoram uma boquinha quando chegam ao poder, principalmente quando rejeitados pelas urnas. Se auto-denominam 'progressistas', 'socialistas' e otras cositas más. Não foi eleito e arrumou uma boquinha, é batata. Parasita esquerdista detectado. Temos, hoje, no Brasil personalidades célebres pelo parasitismo preguiçoso explícito e pelo esquerdismo assumido: Lula, Zé Dirceu, Delúbio, Palocci, Pimentel, etc, etc, etc. Da geração dos 80, Lula sempre foi meu favorito. E não é porque Lula se transformou num burguês que vou deixar de gostar. Sim, Lula virou um burguês no último. Alguém que voltasse agora de uma viagem longa ao exterior ia ficar de queixo caído: aquele operário alucinado, barbudo, jeitão de Che Guevara, que ficou preso por liderar greves, se identifica hoje com a direita brasileira mais podre: José Sarney, Collor, Maluf, Temer,etc, etc, etc... Não me importa que Lula critique os outro partidos. O que me entristece é ele ter se unido ao conservadorismo hidrófobo para perpetrar barbaridades como aliar-se ao procurado pela Interpol, Paulo Maluf. Muita gente se pergunta, como é que isso aconteceu?. O que faz um operário virar um babaca ao chegar ao poder? No caso a resposta é simples: Lula é parte de um fenômeno muito comum. O sujeito pobre que se transforma em burguês para enriquecer a família. Mais tarde, com os primeiros cabelos brancos, começa a brotar também a vontade irresistível de nunca mais voltar às origens. Aos poucos, o ex-operário vai se metamorfoseando naqueles que criticava quando jovem. 'Você culpa seus patrões por tudo, isso é um absurdo. São empresários e é o que você nunca vai ser quando você crescer.' Enfim, incrível seria se Marta Suplicy ou o ex, Eduardo, nascidos em berços de ouro se tornassem operários, uns grevistas de marca maior. Pago para ver. Mas Lula? Normal. O bom malandro a casa enriquece. A família deles, agora, deve estar orgulhosíssima do mimos burgueses que desfrutam.Como já escreveram por aí, não são poucos os exemplos citáveis de preguiçosos, ineptos, despreparados, mal intencionados, desonestos, não necessariamente numa mesma pessoa, mas, por diversas vezes, uma comunhão de todos esses defeitos que poderiam ser citados. Não são poucos os Antônios Pitangas e Beneditas da Silva, os Lulas e as Dilmas, os Mercadantes e os Arraes oligarcas, os Zés de Abreu e os Joãos Paulos Cunha a decorarem as paredes e estantes de comunistas notórios que mais destruíram do que construíram pelo país e pelo bem estar social dos brasileiros, mas o propósito é mostrar a coerência dos incoerentes comunistas. Pois bem, a maior de suas coerências é seguiram as cartilhas do improdutivo sanguessuga Karl Marx, dos genocidas Stálin e Mao, do dissimulado Castro e o inteligentíssimo não operário Antonio Gramsci." 

 Toledo postou mais comentários em resposta aos outros petistas amigos de Cynara, mas este texto inicial para mim é suficiente. Sua ideia em usar as próprias palavras da jornalista contra ela mesma, foi muito criativa e inteligente. Infelizmente não creio que nada do que se diga, por mais evidente que seja, mude a visão com antolhos dos petistas. É como se estivéssemos sob a maldição de Cassandra.

quinta-feira, novembro 01, 2012

Uma pedra no meio do caminho

Eles perambulam pela cidade indesejáveis, perniciosos... Onde havia vida, sonhos, planos, não há mais. Eles encontraram uma pedra no meio do caminho: o crack. O custo do tropeço? A vida. A pedra que faz tropeçar é a mesma que os esmaga. Os mortos-vivos não têm lugar, não se encaixam em nenhum espaço. O fim vêm rápido, mas a fila de novos candidatos à vaga deixada não pára de crescer. Quem será capaz de sanar essa doença? Quem será capaz de deter a ameaça? Quem será capaz de colocar uma pedra em cima dessa pedra? Aaah, Deus... Há Deus!