quinta-feira, agosto 27, 2009

Por outro lado, tem muito marmanjo pecando no Português também...



Sabem que já estou ficando com dó da Xuxa? Coitada. Ela agiu como mãe. Eu, no lugar dela, já tinha descido o barraco bem antes do terceiro update malcriado, se alguém viesse zoar meu filho. A menina escreveu errado, sim, mas o que eu vejo de marmanjão da mídia assassinando a gramática no Twitter, não está no gibi. Não sei como não pegam no pé do comentarista de futebol Silvio Luís. Ele, tal como Xuxa fez no início, escreve sempre em caixa alta (ou seja, gritando virtualmente). E, o pior de tudo, o próprio (e não um filho pequeno) twittou ontem "cafesinho", assim mesmo, com S. Pouca gente percebeu. Fora isso, já vi outros tantos absurdos ortográficos, inclusive do próprio CQC Danilo Gentili (que agora resolveu pilhar a Sacha no Twitter). Outro dia ele escreveu "coorporativo". Ou ele queria dizer corporativo ou cooperativo.
Talvez o maior pecado da Xuxa em todo esse episódio tenha sido seu "complexo de superioridade", justamente o que todos já esperavam dela. Aquele "Fui, vcs não merecem falar comigo nem com meu anjo", ficou parecendo que não soubemos agradecer a "bênção" de ter uma divindade entre nós, reles anônimos. Não sei vcs, mas eu costumo atribuir merecimento a tudo o que vem de Deus para a minha vida, e ter a Xuxa no Twitter não estaria nessa lista.
Mas, enfim, fica aqui mais esse registro, pois acho que a galera tem pegado pesado com uma criança, ainda que seja Sasha, filha da poderosa da Globo.
Fecho este post, com um trecho da música "Assaltaram a Gramática" (Lulu Santos/ Herbert Vianna)

"Assaltaram a Gramática
Assassinaram a Lógica
Botaram Poesia
Na bagunça do dia-a-dia...

Sequestraram a Fonética
Violentaram a Métrica
Meteram Poesia
Onde devia e onde não devia..."

quarta-feira, agosto 26, 2009

Barraco: Xuxa x Twitters

Ontem à noite, o Twitter foi aquecido com um barraco de primeira, protagonizado por nada mais, nada menos que Xuxa Meneghel. É, ela mesmo, não é fake: a "rainha dos baixinhos". A apresentadora, que estreou no microblog há alguns dias, e que já havia sido zoada por teclar em caixa alta (que na linguagem de internet significa gritar), ontem teve que amargar uma "pilha virtual" contra sua filha, a Sasha. Xuxa twittava direto do set de filmagens de seu próximo filme “Xuxa e o Mistério de Feiurinha”, contando detalhes da nova empreitada, ao vivo. Eu, como a tenho entre os meus following, vinha acompanhando as mensagens. Só que numa saída do computador (no Twitter muita coisa pode acontecer em uma piscada), rolou um bate-boca entre Xuxa e alguns usuários, dentre os quais @silviamarques, que, sem maiores comentários, retuitou um erro de português de Sasha, postado no twitter da mãe: "“Sou eu Sasha. Estou aqui filmando e vai ser um ótimo filme. Tenho que ir… Vou fazer uma sena com a cobra”. "Sena" com S? É, a menina de 11 anos talvez tenha se confundido com "scene", em inglês. Só isso explicaria a réplica de Xuxa às críticas: "“pra quem não sabe minha filha foi alfabetizada em inglês, vou pensar muito em colocar ela pra falar com vcs, ela não merece ouvir certas m…”.
Pois é, Xuxa desceu do salto. Poderia até ter teclado em caixa alta, pois desta vez caberia, mas foi assim, em caixa baixa mesmo, que a poderosa da Globo comprou as dores da filha. Aliás, atitude perfeitamente compreensível, eu, sendo mãe, a entendo. Mas a galera do Twitter, que não perde um "bonde", caiu em cima da loira feito uma avalanche. Muita gente chegou a sugerir colocar @xuxameneghel em "Serch" só para "xorar" (com x mesmo, bem ao estilo Xuxa) de rir. Eu segui a sugestão e a quantidade de postagens para @xuxameneghel era absurda. Cada update mais criativo que o outro. Alguns pegaram pesado, mas, no geral, a coisa tava bem engraçada. Até eu entrei na onda. Não poderia fica de fora, ainda mais conhecendo "virtualmente" uma das pivôs do estresse da loira: a tradutora e intérprete Silvia Marques.
Abrindo aqui um parênteses, Silvia é conhecida no Twitter por sua pouca paciência com determinados updates (pode-se dizer que ela seria uma versão feminina do "Saraiva", lembram?). Por conta disso, já recebeu uma proposta minha (rs) para fazermos um programa chamado "Pronto, falei!", jargão que ela costuma usar com frequencia. Seria bem ao estilo "Irritando Fernanda Yung" (fica aí a sugestão para as emissoras). Ela já chegou a se irritar, inclusive, com o CQC Danilo Gentili, depois de uma piada racista. Mas essa é outra história.
Bem, retornando ao caso Xuxa, a "rainha" não aguentou e encerrou sua rápida passagem pelo Twitter com a seguinte mensagem: “fui vcs não merecem falar comigo nem com meu anjo”. Eu fiquei passada com essa twitada. Como assim??? Ela virou Deus agora? Precisamos de merecimento para falar com ela e a filha? Mas, enfim, essa última postagem deu mais caldo para os twitteiros de plantão, que, mais uma vez caíram de pau em cima da "divindade loira".
A história ganhou uma repercussão tal que chegou a parar nos "ouvidos" do ator twitteiro (mais twitteiro do que ator) Ashton Kutcher, ou @aplusk: "hey, @aplusk, help @xuxameneghel and her angel to be respected by brazilian twitters", enviou @tuttyupie.
Para que tenham noção da proporção que a coisa tomou, o Twitter caiu. Tentei retornar várias vezes mas, como alguns chegaram a cogitar, os poderes sobrenaturais da Bruxa, ou melhor, Xuxa, devem ter surtido efeito. #taamarrado!
Bem, espantamos a mulher. Acho que nunca mais ela vai querer saber de Twitter. Muito "ex-baixinho" traumatizado deve ter desentalado coisas que sempre tiveram vontade de dizer. Twitter também é terapia.
Para fechar o assunto, "retuíto" aqui um dos update de Silvia Marques, postado ontem durante o turbilhão, que resume bem toda essa história : "É por isso q o Twitter é ótimo, as máscaras caem rapidinho! #Xuxa"

segunda-feira, agosto 24, 2009

A Fazenda: um reality que deu certo graças ao que deu errado

Mesmo com todos os "apesares", o reality A Fazenda, da Rede Record, conseguiu causar alvoroço nos índices de audiência, fechando com chave de ouro: 32 pontos a 17, contra a sua rival, Rede Globo. Pelo menos no Twitter, a galera em peso estava ligada na emissora do bispo Edir Macedo, palpitando, reclamando e zoando muuuuito. Preta Gil, Marcos Mión, Felipe Solari, Pedro Tourinho, Júnior Lima, eu, enfim, todos ligadinhos e compartilhando os detalhes via web.
Foram muuuitas "vergonhas alheias", a maioria protagonizada por Brito Jr. O apresentador, muito bem imitado por seu colega da casa, o humorista Tom Cavalcante, quanto mais tenta parecer descontraído, mais contraído fica. A edição não soube sintetizar o programa, não soube levar ao ar situações cômicas que dariam o toque de humor que faltou na noite (falo de humor proposital e não mico) e também não soube organizar a festa, que dava a impressão de ter sido feita às pressas. Fora que exageraram nas gruas e esqueceram de investir em microfones. O que foi aquilo? Gugu, o convidado especial e novo grande investimento da casa, teve que dividir microfone com Brito Jr., se entortando todo para ficar na altura do mesmo. E o Carlinhos cantando, sem ter ensaiado, totalmente desafinado, com a dupla Pedro e Thiago? Nessa hora tive que sair da sala, pois a vergonha alheia passou da conta. Assistir a vitória anunciada de Dado Dolabella com todo aquele suspense também foi constrangedor.
Mas a minha impressão é que o povo gosta de ver essas situações, fica esperando que algo dê errado ou que alguém pague um mico ali ao vivo. E olha que a todo momento a gente tinha essa sensação mesmo. Talvez esse tenha sido o segredo do sucesso.
No entanto, como disse no início do texto, com todos esses "apesares", eles conseguiram deixar o Ibope em alta por um bom tempo. Só que a falta de experiência com o sucesso impediu que eles ao menos conseguissem manter a média.
Vamos ver agora o que nos reservam para o A Fazenda 2. Pelo menos dois nomes já estão confirmados: o cantor Bochecha e o apresentador Sérgio Mallandro. Ainda faltam anunciar o próximo galã, os parentes de celebridades, as subcelebridades e os ex-famosos, aqueles que vivem hoje no ostracismo e querem retornar à mídia. Além, é claro, das popozudas que não podem faltar. E Brito Jr., será que permanece à frente do programa? Todo munda torce que não, mas tudo leva a crer que sim. Fazer o quê?
Bem, acho que é tudo o que tenho a dizer sobre isso.
Bjo!

sexta-feira, agosto 21, 2009

De volta à ativa!



Esses dias têm sido puxados para mim. Um certo roqueirinho (vide foto - rs) me contratou em tempo integral e pagou muito bem: com muitos beijos. Depois das férias prolongadas, graças à gripe suína (ou como disse um feirante: "gripe suíça") e comemoração do aniver do meu filhote em 3 versões (Parque da Mônica, com familiares e amigos e na escola), agora deu uma tranquilizada e volto à ativa aos poucos.
Vamos lá, pessoal!

domingo, agosto 09, 2009

Histórias do Orkut que dariam roteiro de filme



Há alguns poucos anos, achar um parente que “sumiu do mapa”, um amigo de infância que teve o caminho separado do seu no decorrer da vida ou até alguém que te marcou de alguma forma, mas acabou tomando outro rumo, era tarefa difícil. Quem não podia contratar um bom detetive, tinha o maior trabalhão para reencontrar essas pessoas. Isso, quando não acabavam por se conformar com o destino.
Mas a modernidade chegou, a internet ganhou força e os sites de relacionamento apareceram para promover muitos encontros e reencontros. O Orkut é um desses sites sociais que se mostrou muito eficaz em sua proposta e ganhou milhares de adeptos em todo o mundo. Hoje, pouquíssimas pessoas que têm acesso à web não têm o seu perfil registrado no www.orkut.com.
Ela encontrou a família do pai que nunca conheceu

Através dele, aconteceram muitas histórias que dariam verdadeiros roteiros de filme. Como o de Rafaela Ribeiro, de 18 anos, que não conheceu o pai ou qualquer parente paterno. As únicas pistas que tinha dele era o nome e um pouco da sua história, informações essas que adquiriu através da mãe e familiares. Essa era uma frustração da jovem, que tinha o sonho de saber mais das suas origens e identificar na outra parte da família traços do seu DNA. Com esse desejo em mente, Rafaela entrou em uma comunidade de pessoas com o mesmo sobrenome de seu pai, a “Família Almendra”, criou um tópico no fórum, contando sua história e acabou sendo identificada por uma prima, que a achou a cara do tio, o pai “perdido” de Rafa. Agora, já mantém um relacionamento com primos e tios paternos, que moram em Brasília. Infelizmente, eles não sabem ao certo o paradeiro do Sr. Paulo (o sobrenome Rafa prefere não publicar). Da última vez que mantiveram contato, ele estava no Piauí, mas já se mudou. No entanto, a tarefa se tornou mais fácil e tendo pessoas que conhecem pessoas, logo, logo Rafaela, que já tem planos de ir à Brasília, realizará seu sonho.
“Adorei conhecer minhas primas e tias. Pessoas maravilhosas que não vejo a hora de encontrar pessoalmente. Foi muito legal ver pessoas com tantas semelhanças, até de manias. Agora quero encontrar meu pai e já conto com a ajuda deles. Soube que sou a cara dele e fico muito curiosa em saber mais das minhas origens”, conta Rafaela. 

Update em 6/06/2016, às 12h55: Pouco tempo depois, Rafaela acabou encontrando o pai, de fato, com quem matém contato até hoje.


Reencontro com irmãos depois de mais de 30 anos


Monica Marinho Mendonça, 38, tinha uma vaga lembrança dos 2 irmãos, por parte de pai, Sônia e Antônio que, durante algum tempo, morou em sua casa, quando ela tinha apenas 6 anos de idade. A mãe deles estava muito doente e as crianças não tinham com quem ficar naquela ocasião. A solução que o pai encontrou foi levá-los para sua casa, onde morava com a segunda mulher e a filha. Mônica, que não tinha irmãos, pôde viver a experiência de ter 2, temporariamente. Afinal, a irmã, com 15 anos, e o irmão, com 11, ficaram pouco tempo. Logo, foram levados para a casa de uma tia.
Depois, soube da triste notícia que a mãe deles havia morrido. Desde então, nunca mais se viram. Ficou apenas a vaga lembrança, a saudade, uma foto da irmã mais velha e o desejo de um dia reencontrá-los.
O pai, que se separou de sua mãe e "sumiu" por alguns anos, seria seu único meio de saber dos "meio irmãos" e esta fonte de informação não havia mais. Um dia, com Mônica já adolescente, o pai reapareceu e, então, soube que a irmã engravidara e que casou.
E só. Após adulta, e já casada, Mônica teve a idéia de buscar o perfil da irmã no Orkut. Sem sucesso. Tentou, então, o irmão e, “touchè”. Lá estava ele: Antonio Moisés. Através dele, achou a irmã e descobriu que tinha sobrinhos com quase a sua idade. Imediatamente, marcou um encontro e foi de São Paulo ao Rio de Janeiro, ansiosa, rever Sônia, Antônio e a família que ambos formaram.
“Foi um reencontro maravilhoso. Descobri por eles um amor que eu nem sabia que existia em mim. Hoje, mantemos contato por Orkut e MSN e sempre que dá nos vemos, apesar de não ser tarefa muito fácil, por morarmos em cidades distantes.”, diz Mônica.

Turma do colégio passou a se encontrar, depois de 21 anos afastados

Ana Lúcia Linhares tinha muita vontade de rever a turma de segundo grau (atual ensino médio), com quem viveu uma das fases mais marcantes de sua vida. Relembrar histórias engraçadas, professores inesquecíveis seja pela simpatia ou antipatia, rir das travessuras da adolescência. Graças ao Orkut tudo isso foi possível.
“Através de um achei outro e outro. Reencontrei grande parte da turma, depois de 21 anos. Agora estamos sempre nos vendo”, afirma.