quinta-feira, janeiro 30, 2020

FÃ DE REGINA DUARTE RESPONDE À ZÉLIA DUNCAN


"Sigo discordando por mais que eu tente olhar tudo com outros olhos e Zélia, me desculpe, mas vou discordar também de você e das amigas que compartilharam com adoração as suas palavras.
Me parece que agora um grupo de mulheres quer impor que todas pensemos da mesma forma. E se não pensamos, não somos dignas. Se não concordamos com todo o feminismo como um pacote de leis, não merecemos respeito! Se apoiamos o governo que vocês não apoiam, somos idiotas! Se não enxergamos tudo, tudinho como vocês, somos machistas.
Me parece que VOCÊS são mais FASCISTAS do que os que estão julgando como tal. Acordem porque tem uma galera torcendo que eu resgate as verdadeiras Malus Mulheres! Zélia, eu sou uma MALU MULHER... Nascida nos anos 60, separada, com filha mulher... e lhe digo que minha maior dificuldade foi criar minha filha neste CAOS que a liberdade exagerada e o feminismo desenfreado geraram. Nesse mundo onde filhos são amiguinhos que devem correr soltos desde muito novos, desrespeitando professores, pais e autoridades. Onde meninas fazem xixi e trepam nas ruas e ficam com 10 numa mesma noite... Grande conquista esta!!!
Tive uma avó que se separou antes de eu nascer e que provavelmente enfrentou, sim, muito preconceito, mas que conseguiu criar minha mãe para ser um mulherão, por incrível que pareça exatamente porque a sociedade era mais conservadora - essa palavra que vocês odeiam como se fosse veneno sem ponderar que alguns valores antigos são essenciais para a construção de um cidadão do bem!
Minha mãe se tornou uma baita professora de piano que ajudou a vida inteira meu pai a formar um lar onde amor significava respeito pelos pais, pelos mais velhos e acima de tudo pelos papeis masculino e feminino - ambos tão essenciais para a sobrevivência da espécie. Sem MACHO e FÊMEA vamos caminhar para a extinção. Simples assim!!!
Essa onda de julgar as mulheres menos feministas de evangélicas tapadas me parece tremendamente PIOR que o machismo! E essa onda de jogar mulheres contra homens não me parece um caminho muito sensato - me parece mais um SUICÍDIO coletivo! Não consigo aceitar essa luta por igualdade fazendo o quê os homens idiotas fazem!!! Eu acredito mais em buscar homens que NÃO são idiotas para serem parceiros de luta por respeito... independente do sexo ou de qualquer outra coisa.
Eu amo meu papel de fêmea! Tenho orgulho dele! Foi e está sendo quase impossível tentar ensinar para minha filha valores de respeito por TODOS e valorização da condição de mulher numa sociedade onde o normal é romper com todas as regras, quebrar todos os tabus e não arcar com as consequências de tanta IRRESPONSABILIDADE!!!
Eu sou sim, também, Malu Mulher, e não deixei de ser porque resolvi dar uma chance para algo novo, que ao contrário do que você julga com tanta certeza que está trazendo mais racismo e homofobia... TALVEZ esteja apenas resgatando alguns valores que vocês lutam contra, mas que eu sinto saudades... Sinto muitas saudades do tempo em que mulheres eram Malus... E não simplesmente IGUAIS aos HOMENS IDIOTAS!!!
A classe artística precisa urgentemente olhar para o público e admitir que a MAIORIA já não mais os aplaude... Muitos cansaram desta visão única e hipoteticamente superior da de vocês!
Queremos DIVERSIDADE ampla e não engolir tudo que vocês fazem como se a Arte precisasse ser sempre impactante, chocante e unilateral.
Queremos também LEVEZA, beleza, valores! Valores de RESPEITO não apenas pelas minorias, mas também pela MAIORIA! Façam a reflexão que tanto exigem dos "indignos" da sua Arte!
E parem de achar que quem não concorda com vocês é patético. Vocês gritam por diversidade, mas são os que mais julgam quem pensa diferente!
Parem de criticar a Regina Duarte que aceitou uma responsabilidade enorme e a ajudem a construir um país onde a pior desigualdade ainda impera! Onde o povo não tem acesso à Saúde, Educação de base, Saneamento, Moradia e SEQUER pode sonhar com uma ida ao cinema ou ao teatro!
SAIAM do pedestal e olhem de igual para igual para este povo que é na maioria religioso e que preza acima de tudo por DEUS e segue regras consideradas por vocês arcaicas.
ACORDEM porque a fé é tudo que a maioria desse nosso povo tem! Mais respeito pelos que não podem viver como vocês no mundo da magia da Arte!
SAIAM dos palcos e se MISTUREM ao público!”

(Texto de Marta Sertã de Paula. Publicado nas redes sociais)

quinta-feira, janeiro 23, 2020

R.I.P. Jornalismo











Quando Bolsonaro diz que jornalista é uma "espécie em extinção" não se espantem. Vivemos dias difíceis no Jornalismo, de fato.
Essa, que foi a profissão que escolhi, quando resolvi cursar Comunicação Social, em meados da década de 90, já teve seu auge e seu valor. Mas nossas autoridades trataram de destruí-la. Primeiro, Gilmar Mendes fez questão de tirar a obrigatoriedade do diploma, em 2009, desvalorizando a classe e prejudicando profissional e financeiramente os graduados. Senadores propuseram uma PEC que mantinha a graduação, mas se o diploma não tem validade, do que serve a Cadeira? Jogaram 4 anos de investimento no lixo. Além dos anos de pós-graduação, para quem se especializou.
Depois, ideologizaram, mais ainda, o curso, transformando muitos formandos em militantes cegos, partidários e antiéticos, passando a prestar um desserviço à sociedade. As técnicas ensinadas nas universidades, em vez de usadas à serviço da informação, transformaram-se em armas nas mãos de gente sem caráter.
Psicologia das massas, persuasão, argumentação... tudo sendo aplicado a favor de interesses econômicos, políticos e ideológicos.
A apuração é feita de qualquer jeito, isso quando fazem. Os jornalistas atuais ou têm preguiça de ir atrás das fontes ou não sabem que precisam checar os fatos, antes de publicarem em um veículo.
Poucos sabem o que significa um lead, um sublead ou mesmo estruturar um texto (isso, quando sabem escrever corretamente).
As manchetes são pensadas para o leitor de rede social, que, na maioria das vezes, não abre a matéria para ler.
Muitos estão nas redações e não sabem diferenciar um artigo, de uma matéria ou uma nota.
Hoje, me deparei com um post, no Facebook, em que uma ONG oferecia "carteirinha de jornalista" para quem quisesse, mesmo sem formação. Quase chorei quando vi isso.
Desta forma, como não concordar com Bolsonaro? Jornalista é, sim, uma espécie em extinção. O que vemos por aí, na maioria, é qualquer coisa, menos profissionais de Jornalismo.

terça-feira, janeiro 14, 2020

O Oscar vai para o papel de ‘palhaço” da militância petista


Após indicação ao Oscar de “Melhor documentário”, a diretora de "Democracia em Vertigem", Petra Costa, declarou:
"Numa época em que a extrema-direita está se espalhando como uma epidemia, esperamos que este filme possa nos ajudar a entender como é crucial proteger nossas democracias”.
E assim, a direita que vem crescendo de forma democrática, justamente por conta da malsucedida atuação da esquerda em diversos países, ganha status de “extrema” pela diretora militante. Já a extrema-esquerda, que age para barrar o crescimento de um movimento político-ideológico contrário legítimo, com mentiras e defesa de sistemas ditadores, se coloca como "protetora da democracia". É uma clara inversão de definições.
A verdade é que “Democracia em Vertigem” não poderia ter melhor título. “Em vertigem” parece ser a condição permanente em que vivem os defensores desses que governaram e saquearam o Brasil por 14 anos.
Vertigem, segundo o Wikipédia, é “quando a pessoa sente que ela ou os objetos à sua volta se encontram em movimento quando na realidade não estão. A sensação assemelha-se a um movimento de rotação ou desequilíbrio”. E não é exatamente isso o que sentem os esquerdistas? Acreditam que o país estava crescendo, sem estar, e agem com total desequilíbrio em seus discursos e narrativas.
Não me surpreenderá, no entanto, se a Academia premiar a “viagem de Petra” (outro nome sugestivo para uma próxima produção), já que o direcionamento da classe artística, seja cá ou lá em Hollywood, é à esquerda. O discurso da diretora brasileira tem a simpatia de quem define os “melhores” nesse metiê. Quanto mais “pseudo-intelectual” ou “louco”, melhor. Vide “O Coringa”, que vem encabeçando as indicações. Aliás, “O Coringa” e “Brasil em Vertigem”, de certa forma, estão no mesmo patamar de loucura (com todo respeito ao "O Coringa" e suas devidas indicações). Neste caso, não discordaria de uma possível premiação se a categoria em questão fossem “Melhor Ficção”.
Já no quesito atuação, o filme vai ficar na vontade. Nem Lula, como "presidente dos pobres", e nem Dilma como "presidentA honesta", convencem mais. Canastrões da cabeça aos pés.
O Oscar, neste caso, vai para o papel de ‘palhaço” que a militância petista continua fazendo de forma tão impecável no Brasil, com direito a estatueta e tudo.
Para “Melhor Documentário”, minha indicação pessoal vai para “1964: O Brasil entre armas e livros” que, logicamente, nem indicado pela Academia, foi.