sexta-feira, setembro 11, 2009

Tira a mão que o blog é meu!

O que está acontecendo? Por que os olhos dos poderosos do Brasil se voltaram para o nosso "mundinho" virtual de repente? Será que foi o nosso "JEITINHO" que chamou a atenção? Quem foi mesmo que disse que esse negócio de "revolução de sofá" não dá certo? Taí a resposta: Senado, Globo e Folha (espero que pare por aí), caíram em cima de nós (cidadãos e/ou empregados/contratados) com seu "remédio tarja preta", dado em doses homeopáticas.
Aos poucos estão invadindo nosso espaço. Uma regra aqui, outra ali. Uma proibição cá, outra acolá. Ver esse tipo de coisa partir do Senado e da Globo, não é de se espantar, afinal temos à frente do Congresso Nacional o Sr. José Sarney, o homem que já foi presidente da Arena (Partido político que apoiava o governo instituído a partir do Golpe Militar de 64), e quanto à Globo, será que é preciso mencionar a postura desta emissora na época da Ditadura? Acho que não. Aliás, pior do que a Ditadura nua e crua, é aquela feita sutilmente, que trabalha a psicologia das massas, que manipula. Preciso falar mais?
O que muito me estranha é a Folha censurar seus jornalistas, criando "regras de conduta" para a atuação dos mesmos em blogs e no Twitter. Vedar a publicação de "furos" eu entendo e apóio, mas "recomendar" que seus profissionais não assumam posições em favor de um partido, candidato ou campanha? Será que já estão se adiantando à Reforma Eleitoral para Internet? Bem, confesso que a posição da Folha é uma incógnita para mim. Prefiro crer que por trás dessa posição da Folha existe algo maior. Quem sabe se proteger de um perigo que parece pairar sobre a imprensa na América Latina? É certo que Hugo Chavez já fez escola, vide Bolívia, Equador, Nicarágua, Argentina ... Medaaaaa!!!
Será que ninguém ainda lembrou a esse povo que nossas contas nas redes sociais não são concessões públicas? Helloooo!!! Quero poder escrever sem correntes; sem medo de expressar minha opinião; sem o receio de que após publicar este artigo no meu humilde blog, algum tipo de polícia bata à minha porta perguntando pela @monicamarinho. Essa vai ser a hora que vou colocar em prática os anos de aprendizado com os políticos brasileiros: nego tudo. Ou então uso o plano B: não lembro de nada. Já estou ensaiando algo do tipo: "Meu Deus! Clonaram minha conta!" ou "Fui vítima de hackers subversivos!". Será que cola?
A gente brinca, brinca, mas a coisa é séria. Há cheiro de censura mascarada no "Vale do Silício", e enquanto pudermos exercer nosso papel de formadores de opinião aqui na Web, façamos isso. Muita gente sofreu e "sumiu" nos porões da Ditadura para que hoje pudéssemos nos expressar livremente. Nada de retrocesso. Revival dos Anos de Chumbo não dá.
Outro dia ouvi a seguinte frase de um ator global: "Espero que os que hoje me seguem, me ouçam quando for preciso".
RT @Prof_Pasquale "É isso!"

Leiam também:
http://m.estadao.com.br/noticias/impresso,ameacas-a-liberdade-de-expressao-espalham-se-pela-america-latina,432940.htm
http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/internet/globo-normatiza-o-uso-de-blog-twitter-e-facebook-dos-seus-artistas/
http://toledol.com.br/2009/09/09/folha-cria-regras-para-seus-jornalistas-no-twitter/

terça-feira, setembro 08, 2009

Vi um Brasil risonho e límpido nesse 7 de setembro



Meu feriado do Dia da Independência começou divertido. Minha mãe está aqui em casa e, como todo ano faz, quis ver os desfiles de 7 de setembro na TV. Ela, como uma boa filha e ex-mulher de militar, adora uma farda (sem gracinhas! Olha o respeito com a mãe dos outros!). Eu, meu filho e meu marido acabamos embarcando na programação cívica da Dona Dalva.
O dia estava perfeito, tal como diz a letra do nosso Hino: "(...) E O SOL DA LIBERDADE, EM RAIOS FÚLGIDOS, BRILHOU NO CÉU DA PÁTRIA (...) NESSE INSTANTE".

Um parênteses: (Falando em Hino Nacional, a cantora Vanusa quer que mudem a letra de Joaquim Osório Duque Estrada por achá-lo difícil. É, a gente percebeu. Mas não seria melhor ela mudar de remédio?)


Bem, voltando ao 7 de setembro, apesar do dia lindo, fomos ver os desfiles e, claro, fazer o que mais gostamos: rir e zoar com a cara de quem faz o mesmo com a gente o ano todo - só que de uma forma nem um pouco engraçada.
As primeiras imagens de Brasília me remeteram à segunda estrofe do Hino Nacional, ou melhor, à dois adjetivos que descrevem bem a cena que vi: "Vívido" e "Risonho". O modelito de Dona Marisa da Silva estava de fazer qualquer um implorar para o Esquadrão da Moda fazer uma visitinha urgente ao Palácio da Alvorada. Credo! Aquele vestidinho VÍVIDO "verde-bandeira" com uma espécie de paninho de bandeja sobre os ombros, me fez ficar "RISONHA" pelo resto do dia. Ela parecia querer ser o próprio "
VERDE-LOURO DESSA FLÂMULA", vivendo a (IN) "GLÓRIA DO PASSADO", dos tempos de Seu Lula metalúrgico.
E foi assim que a nossa primeira-dama recebeu o presidente francês Nicolas Sarcozy, que era só sorriso. Aliás, ele, sim, tinha motivos de sobra para estar "RISONHO E LÍMPIDO", já que a "IMAGEM (dos euros, e não do cruzeiro) RESPLANDECE" nos cofres franceses com as vendas que fez para o Brasil. 

Parênteses 2: (Ainda que tenha sido em 180 vezes no cartão de crédito, foi um "negoção", heim!? Deve ter sido alguma queima de estoque de caças e submarinos franceses, uma liquidação imperdível, dessas que nenhum bom brasileiro fica de fora, ainda que não precise do produto. Aliás, alguém sabe o que foi feito do estaleiro de submarinos de Itaguaí, onde seriam construídos 4 submarinos convencionais e o primeiro submarino nuclear nacional (http://www.defesabr.com/MB/mb_estaleiro_submarinos.htm)? Se alguém souber me fala tá?)

Outra figura impagável no palanque das "artoridadi" era o ex-senador José Roberto Arruda. Desse nunca mais esqueço. Naquele episódio de quebra de sigilo do placar eletrônico, encabeçado por ACM, mentiu que nem sentiu, num discurso inflamado e indignado. Esse tipo de coisa é tão comum naquele ambiente que a gente nem se espanta mais. Depois, foi chorar arrependido, renunciando ao cargo. Hoje, o bonitinho é governador de Brasília, e estava lá também, todo pomposo, completando o quadro "RISONHO" do dia. Só faltavam Sarney e Collor para formar o retrato político brasileiro, cuja principal meta é viver "DEITADO ETERNAMENTE EM BERÇO ESPLÊNDIDO".
Fora tudo isso, o desfile até que estava legal. Tinha o pessoal do trapézio, dos voos rasantes, do axé... Você leu certo. É axé mesmo, não me confundi, não. E ainda estou falando da Parada Cívica. Esse ano a banda militar foi obrigada a tocar o ritmo exportado da bahia ara todo o país. Só faltaram os representantes do funk lá, o "novo movimento cultural" do Brasil. Sarcozy ia adorar ver as tchutchucas exibindo e sacudindo o que Joaquim Osório chamaria de "GIGANTE PELA PRÓPRIA NATUREZA". As popozudas não estavam lá, mas, falando em funk, lembrei do Bope que foi aplaudido de pé pelos cariocas. Só faltou a banda tocar o tema do filme Tropa de Elite. Aí a galera ia ao delírio! 

Parênteses 3 Taí uma sugestão para o governador do Rio: primeiro passa a galera do funk fazendo uma coreografia bem "cultural", seguida do Bope (aproveitando e prendendo um e outro). Tudo isso ao som de Tihuana. Sucesso garantido! Pensando bem, é melhor deixar pra lá. Daqui a pouco vão querer cobrar ingresso.

Depois desse "show patriótico" numa segunda-feira de manhã, fui pra pracinha com meu filho empinar pipa, curtir o solzão e tentar acreditar que, sem distinção, "
DOS FILHOS DESTE SOLO ÉS MÃE GENTIL, PÁTRIA AMADA, BRASIL"!