segunda-feira, outubro 17, 2016

A real motivação de Freixo na CPI das Milícias

Por qual razão você acha que Marcelo Freixo presidiu com tanto empenho a CPI das Milícias, no Rio de Janeiro, levando vários policiais e vereadores para a prisão, numa caçada implacável aos bandidos de farda?

A. (  ) O deputado não poderia perder a oportunidade de presidir uma denúncia envolvendo policiais, principal "agente opressor" da sociedade, de acordo com discurso esquerdista.
B. (  ) O deputado só defende a socialização de bandido que é "vítima da sociedade", como menor infrator, traficante, assaltante, estuprador... Milicianos, não.
C. (  ) O deputado perdeu o irmão, o assessor parlamentar Renato Freixo, em 2006, vítima de milicianos que atuavam no condomínio onde morava, no Fonseca, em Niterói. Vingar a morte do irmão se tornou seu principal objetivo, desde então.
D. (  ) Todas as alternativas acima

Se você respondeu  a letra "D", acaba de passar no teste "Conhecendo Freixo a Fundo".
Muitos que veem o candidato a prefeito se gabar de sua atuação naquela CPI nem imagina o que realmente o motivou. Nem a atuação do tráfico no Estado, com facções mais antigas que a própria existência das milícias, incomodou tanto o psolista. Aliás, para quem assistiu ao filme Tropa de Elite, baseado no livro de mesmo nome, escrito pelo ex-oficial do Bope, Rodrigo Pimentel, viu que a chegada dos milicianos, os chamados "bandidos de farda", se deu numa época em que a corrupção era dominante tanto na Polícia Militar quando no Corpo de Bombeiros. Esta nova modalidade de "dominar a área" e faturar em cima de moradores e dos próprios  traficantes, cresceu como um "vírus" entre os militares que viam nesta prática criminosa uma forma de complementar (e muito!) os baixos salários que recebiam do Estado.
A chegada das milícias não foi bom pra ninguém, mas um dos que sentiram no próprio bolso o peso da extorsão dos "bandidos fardados", foram os traficantes. Tudo o que recebiam, além da venda das drogas, cobrando pela "segurança" local, instalação de "gatos" (captação de energia elétrica e sinal de TV a cabo clandestinas), entre outros serviços, passaram a ser disputados pelos milicianos. Viram que podiam levar uma boa "fatia do bolo" em alguns casos e até o "bolo todo", em outros. Esta interferência acabou refletindo nos "negócios" das facções fluminenses e gerando um novo confronto, além das já existentes entre as organizações criminosas do Estado. No final das contas, os mais afetados são os moradores das comunidades dominadas por essas ORCRIMs.
Seja com a intenção ou não, o fato é que a caçada (pessoal e política) de Freixo às milícias, em 2008, que culminou no desbaratamento de vários núcleos de ação, em diversos pontos do RJ (inclusive em Niterói), beneficiou bastante a "concorrência". Há boatos, inclusive, que o Comando Vermelho (CV), uma das mais poderosas facções criminosas do Rio, teria uma verdadeira "dívida de gratidão" com o "padrinho". Aliás, esta estória da suposta empatia do deputado com os bandidos, vem desde antes da morte do irmão dele e de sua "cruzada" contra as milícias. Foi em 2004 que Freixo se ofereceu para mediar a rebelião de Bangu 1, iniciada pela turma de Fernandinho Beira Mar, líder do CV, onde o objetivo era exterminar a facção rival, o Terceiro Comando, liderado por Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê.
Verdade ou mentira? Não sabemos. Mas a web está cheia de "insinuações" que nos deixam com a "pulga atrás da orelha".

Aí começa a tal luta de Freixo contra as milícias. A morte do irmão teria sido a real motivação.



Basta uma busca no Google para entender essa obsessão do deputado com estes criminosos. Inimigo comum, aliás, dos traficantes do RJ, "concorrentes" diretos das milícias.

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