quarta-feira, outubro 25, 2017

Um casamento cheio de encantos mil... milhões, bilhões


Alguém que pode casar no Cristo Redentor, com festa oferecida por Luciano Huck e fechar o Fasano para hospedar os ilustres convidados que não moram na cidade, não deve nem saber o que é "crise" e muito menos o que acontece nos bastidores da Cidade Maravilhosa. 
Sobre pobreza e violência, noivo e amigos "recitariam" Zeca Pagodinho (que não foi convidado): "nunca vi, nem ouvi eu só ouço falar".
O casamento a que me refiro é o da modelo brasileira Michelle Alves com o bilionário Guy Oseary, empresário de celebridades internacionais como Madonna e da banda U2. A "festinha" para oficializar a união, depois de 10 anos juntos, foi ontem, aqui no Rio.
Poderiam ter casado em Santorini, na Grécia; ou em Ibiza, na Espanha; e até no Caribe, para manter a pegada latina; mas, não, escolheram o Rio de Janeiro, o lugar menos indicado para... para... eu ia dizer "para turistas", mas a real é que aqui é o lugar menos indicado qualquer um estar, no momento.
Mas gente rica parece que gosta de uma adrenalina, não é? Imagino que na lista constavam a Síria e Somália como alternativas, mas aí a noiva, que é brasileira, deve ter protestado: "Por que prestigiar outros países, se o meu tem exatamente o que procuramos?"
Também pode ser alguma iniciativa humanitária. Gente rica e famosa adora uma "causa" para defender. Vai que rola um "We Are The World" com Madona, U2 e Caê em prol do povo fluminense?
Claro que tudo isso é brincadeira (não as partes do casamento no Cristo e convidados no Fasano). O Rio, apesar dos pesares, tem seus encantos.
E, pensando bem, quem tem grana e conhecimento, como Guy Oseary, deve saber exatamente como garantir ($$$$$) a própria segurança e a de seus convidados. Aposto que durante esses dias, entre o Cristo Redentor e Ipanema, não se ouviu um tiro ou foi registrado um único assalto. Por ali, a cidade não só deve estar maravilhosa, mas "cheia de encantos mil (milhões, bilhões...)".

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