quarta-feira, maio 13, 2020

Bolsonaro e o vídeo da discórdia: a tempestade no copo d'água


Politicagem pura esse bafafá em torno do tal vídeo da polêmica reunião ministerial. É muito blablabla pra pouco trelelê.
Moro já havia avisado, de antemão, que não houve teor criminoso nesta reunião. Quem viu o vídeo também confirmou isso. Fora os palavrões de Bolsonaro, que pelo que sei não são novidade, nem exclusividade e muito menos crime, o que existem são interpretações sobre as cobranças em relação à PF e comentários que podem causar mal estar diplomático com a China e que podem ser usados por seus adversários como arma política, para desgastar sua imagem.
O tal mal estar diplomático nem precisaria existir se não houvesse a insistência de quererem transformar uma reunião que aconteceu a portas fechadas, com o alto escalão do governo, em material midiático. Pra que abrir uma reunião privada, mesmo sabendo, de antemão, que não houve crime? É lógico que a intenção é diminuir a autoridade do presidente e ceder informações particulares do governo para quem tem curiosidade e interesse nelas, além de criar mais crise política. As comadres da esquerda precisam disso, vivem disso.
Outra coisa: como um ministro (Celso de Mello) decide, sozinho, algo sobre o presidente em exercício? Se a ordem da quebra de sigilo do vídeo viesse de um colegiado, até entenderia. Mas essa de um ministro ter poderes neste nível, é novidade pra mim.
E digo mais: pra que Bolsonaro mandaria filmar uma reunião onde cometeria crime? Não acho que ele tenha um QI muito privilegiado, mas burro ao ponto de produzir provas contra si? Acho que não.
Como já disse em outros posts, sou pelo que considero certo, dentro do meu entendimento e percepção (que pode ser totalmente diferente do seu). Critico o que acho que merece crítica e defendo o que merece defesa.
Acho, sim, que essa obsessão de Bolsonaro com a PF deve ser apurada, mas tb acho que alguém que sofreu um atentado (e que quase morreu); que teve o nome envolvido na morte de vereadora do Rio, com a utilização de testemunho falso; e que não se sentiu justiçado no processo contra seu algoz, Adélio Bispo (cujos indícios levam a crer que agiu à mando de alguém - ou 'alguéns'); seja perfeitamente plausível. O que deixa a interrogação no ar são as outras possibilidades. É sobre isso eu gostaria de ter mais certezas do que dúvidas.

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