quarta-feira, novembro 01, 2017

As empresas de ônibus e o terrorismo contra os cariocas



Rio Ônibus, Sindicato e empresas repetem a mesma ladainha mentirosa em coro: "os problemas do transporte só serão resolvidos quando aumentarem as tarifas, senão as empresas não terão condições de se manter".
No Rio, a passagem custa R$ 3,60, atualmente, por ordem da Justiça. Mas no início do ano, custava R$ 3,80, com planos de reajuste que não aconteceram porque as empresas não cumpriram o acordo de climatizar 100% das frotas. Fora os cacarecos que continuavam rodando cobrando o mesmo valor reajustado. Hoje, era para a população estar pagando quase R$ 4 de passagem para continuar tendo o péssimo serviço de sempre. Ônibus que, hoje, não circulam mais, sob o argumento de que "faliram com a crise", já circulavam com frota reduzida, com ordem de não parar para estudantes e idosos e sem a devida manutenção. Ou seja: havia a grana e não havia investimento do serviço, por que?
Dizer que as "gratuidades" mexem com o lucro dos ônibus é uma balela! Uma mentira! A Prefeitura repassa às empresas as passagens concedidas a idosos e estudantes. Não é um serviço de "graça" como as empresas querem que acreditemos.
Um estudo, feito pela PricewaterhouseCoopers (PwC), entre 2014 e 2016, no Rio, logo após os protestos de 2013 sobre as tarifas do transporte público, mostrou o seguinte:
- As tarifas são definidas com base em custos que não são controlados e ficam maiores do que deveriam;
- A Secretaria de Transportes não tem pessoal qualificado para analisar as tarifas e discutir os reajustes pedidos pelas empresas;
- Não há acompanhamento da destinação das tarifas;
- A distribuição de passageiros de ônibus é irregular: 70% das pessoas usam 33% das linhas;
- 54% das linhas tem mais de 50% de sobreposição;
- 59% das linhas não cumpriam a determinação do tamanho da frota em 2014;
- Custo da tarifa em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) é mais elevado que em São Paulo, Londres e Buenos Aires;
- Revisão integral da malha rodoviária poderia proporcionar economia de R$ 0,75 a R$ 1,25 no preço da passagem;
- A frequência mínima entre os ônibus não é respeita nem no horário de pico;
- Há cobrança de taxa para a recarga do Bilhete Único Carioca, que não é cobrada em outras cidades que utilizam sistema similar, como São Paulo, Curitiba e Nova Iorque;
- Alguns consórcios operam linhas com tamanho da frota inferior ao determinado e nem sempre cumprem os trajetos.
Veja que as empresas sempre lucraram muito, sem transparência e sem repasse de qualidade nos serviços. Pelo estudo, diante deste quadro, seria possível uma redução na passagemd e até R$ 1,25, no entanto, foi reduzido apenas R$ 0,20. 
Está claro que o chororô e a represália das empresas, disfarçadas de "crise", acontecem por pura ambição, por terem perdido parte de uma mamata que já durava anos! Visando a grana extra que deixou de entrar, eles não vacilaram na hora de usar a população como "bucha" para pressionar a prefeitura. 
Acho que já está na hora do Prefeito tomar medidas mais duras contra esses mafiosos que têm promovido um veradeiro ato terrorista contra os cariocas.