terça-feira, setembro 04, 2018

A polêmica sobre a "extinção" do MinC, o Ministério que não evitou a destruição do Museu


Tenho visto uma galera aí surtar com a declaração de que Bolsonaro "irá extinguir" o Ministério da Cultura. O mesmo papo que rolou quando Temer assumiu e que acabou desistindo por conta do auê causado perla esquerda, com o movimento denominado "Ocupa MinC".
Vamos aos fatos:
Nem Temer e nem Bolsonaro NUNCA afirmaram que acabariam com o Ministério da Cultura. O Minc, de acordo com proposta de ambos, continuará existindo, mas junto com a pasta do Ministério da Educação, como foi de 1953 a 1985, quando o então presidente José Sarney, através da assinatura de um decreto, desvinculou as pastas.
Até 1985 a sigla MEC significou (Ministério da Educação e Cultura). Apesar de desvinculados os ministérios, a sigla da pasta da Educação continuou com o "C", de Cultura, sei lá porquê, mas significando apenas Ministério da Educação.
Ou seja, ninguém quer "extinguir" nada, mas, sim, unir os 2 assuntos que se completam. Se isso será bom ou ruim, não sei, mas o fato é que até Sarney assumir, após a abertura política e fim do Regime Militar, tanto a Educação quanto a Cultura funcionavam em nosso país melhor do que funcionam hoje.
Senão, vejamos...
Hoje, temos um Ministério só para a Cultura, certo? Isso impediu o abandono do Museu Nacional e o incêndio que o destruiu? Mais verba foi enviada para este ou outros museus do país? Não. Pelo contrário! A verba foi reduzida abaixo do limite mínimo necessário e mais verba foi deixada de ser arrecadada para a pasta, com a redução do IR de empresas e cidadãos que investem em projetos "culturais" inúteis e que poderiam sobreviver sozinhos, sem a política de incentivo da Lei Rouanet.
E a Educação como anda? Os número apresentados esta semana sobre o Ensino Médio, por exemplo, mostram que não anda. Está "paraplégica" na Matemática e na Língua Portuguesa, pelo menos.
Parece, então, que alguma coisa não está certa nisso tudo. Ou erramos nas contas ou não interpretamos bem os fatos. Ops... Olha aí a Matemática e o Português fazendo falta novamente. Mas, falando sério, o que percebo é que desvincular as pastas de nada adiantou. Não houve melhoria nem em uma e nem em outra. Aconteceu justamente o inverso.
Aliás, voltando à galera "surtada" do início do texto, aquela mesma que participou ou apoiou o "Ocupa MinC" (e que provavelmente também é a mesma que abraçou os escombros do Museu Nacional, ontem), deixo uma pergunta: onde estavam todo esse tempo em que o Museu agonizava, pedindo por socorro? Não ouvi falar em nenhum "abraço para salvar o Museu" ou "Ocupa a Quinta". Falando nisso, ainda dá tempo de abraçar os outros 7 museus do Rio que estão funcionando sem certificação e correndo o mesmo risco que o nosso "falecido". Melhor abraçá-los enquanto ainda estão "vivos" (no CTI, mas respirando).

Sem comentários:

Enviar um comentário

Comente aqui: