terça-feira, agosto 28, 2018

O ALTO CUSTO DA ATUAL EDUCAÇÃO X MILITARIZAÇÃO DAS ESCOLAS


Tenho visto a esquerda estribuchar sobre a questão da militarização das escolas, proposta por Bolsonaro.
"Vai custar muito caro"
"Vão 'robotizar' nossos jovens"
"As federais custam menos e apresentam os mesmos resultados"
Dizem eles.
Mas alguém aí viu algum candidato propôr a "federalização" das escolas públicas ou algo parecido? Sim, Bolsonaro. Surpreso? Você sabia que em nenhum momento o candidato prometeu "militarizar todas as escolas públicas"? Que isso é um entendimento da mídia (talvez para assustar os "militarfóbicos")? Estive lendo a proposta do candidato. Abri o PDF e li. O capítulo que trata da Educação sugere, pelo que entendi, a federalização das mesmas. Ele quer que haja uma integração das escolas públicas municipais, estaduais e federais, todas sob o comando de um general, que ficaria à frente do MEC (o que pode ser entendido como uma 'militarização'). Ele quer padronizar tudo. 
Sobre a militarização, a ideia dele é colocar parte das147 mil unidades públicas de ensino básico sob a tutela do Exército e da Polícia Militar Estadual. Ele reconhece que “faltariam recursos” para inserir o modelo em 100% das escolas públicas brasileiras.
Mas vamos falar sobre verba para a Educação, em um país que destina recursos para pagar plano de saúde de político, escolas particulares de filhos de juízes, entre outros?
O que significa "custar caro"? Nossos jovens não merecem este investimento? Acho que o que tem custado caro é o resultado de anos de abandono da Educação por nossos governantes. A sociedade tem pago um alto preço por este desleixo com o ensino público, principalmente o de base. Resultado: presídios superlotados, aumento da violência, mercado de trabalho sem pessoal qualificado, gente precisando de cota para entrar numa universidade, pois, por mérito, não conseguem, já que não há como competir em nível de igualdade com aqueles que vêm de colégios privados caríssimos e bem preparados.
A Educação é sempre colocada em último plano. As propostas são sempre as mesmas, do tipo "só para constar" ou na base do "embromation".
Chegando no poder, esses mesmos governantes, ao primeiro sinal de problemas econômicos e diante da necessidade de corte no orçamento, quem está no topo da lista para ser amputado, mais uma vez? A Educação.
Mas "não se pode gastar muito com a Educação", é o que parecem defender pessoas ditas "esclarecidas". tsc, tsc, tsc... Lamentável que pensem assim.
Sobre "robotizar alunos" com a militarização das escolas, só posso dizer que, além de ser uma visão preconceituosa e equivocada, não considera que já vivemos essa "robotização" atualmente, em toda a rede pública, através da "militância" dos mesmos. O que tenho visto, cada vez mais, é a adoção da técnica esquerdista Gramsciana, de doutrinar estudantes em sala de aula, através de professores que já foram preparados nas universidades para tal "recrutamento".
Seria essa uma "viagem" do tipo "darcioliana"? Não, meus queridos! Realidade pura. Basta ver a impregnação ideológica nos programas curriculares das escolas e universidades. A ideia parece ser dividir a sociedade em categorias (gays, negros, pobres, mulheres...). Divididos, fica mais fácil manipulá-los, sob o pretexto de estar "defendendo suas causas".
Então, não deve-se falar sobre ideologia de gênero, empoderamento da mulher, , racismo, revolução social...? Veja bem, TUDO deve ser falado dentro de uma escola. Politizar nossos jovens é preciso. dar-lhes informações variadas sobre o que acontece na sociedade e no mundo, também. No entanto, nem TUDO vem sendo dito em sala de aula. Oculta-se muita coisa, principalmente se esta "coisa" vai contra o pensamento da esquerda. Mostra-se apenas um lado, sem mostrar o outro, ou o TODO.
Isso não é criar senso crítico, heterogêneo, mas, sim, criar uma homogeneidade de pensamento. Se todos pensam igual, não temos pluralidade e nem respeito à diversidade, mas uma monopolização do pensar. Isso, sim, é "robotizar" os alunos. E isso já acontece. E sem resultados positivos. O que vemos nas escolas é desordem, caos, indisciplina, despreparo, violência, evasão... Tudo o que não queremos. E tudo o que a esquerda precisa para ter mais domínio sobre os menos favorecidos. É a equação deles, onde há menos Educação, mais ideologia esquerdista, divide tudo e multiplica a militância.
O negócio dessa galera é aparelhar o Estado, através da infiltração de um partido ou classe social devidamente doutrinada em todos os órgãos, com o intuito de controle total, à serviço de sua ideologia ou conveniências.
Isto não é teoria da conspiração, é  estratégia esquerdista simples e clara, encontrada em qualquer livro sobre o tema ou nos estatutos de alguns partidos de esquerda.
Então, antes de criticar a proposta de militarizar as escolas, veja bem o que temos hoje e o que tem sido feito na Educação Pública pelos mesmos que ridicularizam tal projeto.

Em tempo: Antonio Gramsci foi um dos fundadores do Partido Comunista Italiano, em 1921. Cadernos do Cárcere é sua obra-prima, escrita durante sua prisão na Itália, de 1926 a 1935. “Esta publicação, difundida em vários continentes, passou a ser o catecismo das esquerdas, que viram nela uma forma muito mais potente de realizar o velho sonho de implantar o totalitarismo, sem que fosse necessário o derramamento de sangue, como ocorreu na Rússia, na China, em Cuba, no Leste Europeu, na Coreia do Norte, no Camboja e no Vietnã do Norte. (…) Gramsci professava que a implantação do comunismo não deve se dar pela força, como aconteceu na Rússia, mas de forma pacífica e sorrateira, infiltrando, lenta e gradualmente, a ideia revolucionária. (…) A originalidade da tese de Gramsci reside na substituição da noção de ‘ditadura do proletariado’ por ‘hegemonia do proletariado’ e ‘ocupação de espaços’, cuja classe, por sua vez, deveria ser, ao mesmo tempo, dirigente e dominante. Defendia que toda tomada de poder só pode ser feita com alianças e que o trabalho da classe revolucionária deve ser, primeiramente, político e intelectual” (Anatoli Oliynik, in “A Tomada do Poder – Gramsci e a Comunização do Brasil”– http://blog.anatolli.com.br/2009/10/12/gramsci-e-a-comunizacao-do-brasil-2/, acesso em 9/6/2011).

Confira:
Proposta de governo de Bolsonaro


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